As principais Escolas Administrativas. Gestão Escolar: conceitos básicos. A abrangência da Gestão Escolar. O panorama histórico da Gestão Escolar no Brasil. A Gestão Democrática: suas características e implementação.
INSTITUTO
FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ.
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GESTÃO
ESCOLAR
CARGA
HORÁRIA: 40
horas
AUTOR: Elderson
Luciano Mezzomo
EMENTA: As
principais Escolas Administrativas. Gestão Escolar: conceitos básicos. A
abrangência da Gestão Escolar. O panorama histórico da Gestão Escolar no
Brasil. A Gestão Democrática: suas características e implementação.
METODOLOGIA: apresentação
expositiva com abertura para diálogo e dinâmicas de grupo.
Apresentação
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Neste curso
serão apresentadas as principais Escolas Administrativas, a definição de
Administração X Gestão Escolar, a abrangência da Gestão Escolar, o panorama
histórico da Gestão Escolar no Brasil e a Gestão Democrática: suas
características e implementação.
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1. Escolas
Administrativas
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Administração
científica; Teoria Clássica da
Administração; Abordagem Humanística da Administração; Modelo Burocrático;
Teoria Estruturalista; Teoria Neoclássica.
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2. Gestão
Escolar: Conceitos Básicos
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Pressupostos
Educacionais e a Função da Escola; Administração X Gestão; Conceito e
Limitações da Ação Democrática.
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3. Abrangência
da Gestão Escolar
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Gestão de
Pessoas; Gestão Pedagógica; Gestão Administrativa; Gestão de Resultados
Educacionais; Gestão do Clima e Cultura Escolar; Gestão do Cotidiano Escolar;
Gestão Democrática e Participativa.
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4. Panorama
Histórico da Gestão Escolar no Brasil
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República
(1889-1930); Nova Escola-Tecnocrática-Científica (1930 a 1980); Escola
Crítica (década de 70 e 80); Constituição – Princípios Democráticos (1988);
LDB – Consolidação Democrática (1996).
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5. Gestão
Democrática: características e implementação
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Órgãos
Colegiados de gestão; PPP-Projeto Político Pedagógico; PDE-Plano de
Desenvolvimento da Escola; Regimento Escolar.
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ESCOLAS
ADMINISTRATIVAS
As
principais escolas administrativas: a evolução da teoria geral da
administração e suas influências no contexto educacional. Toda e qualquer
organização necessita de uma prática administrativa que oriente na
busca de seus objetivos.
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A administração com o tempo foi
se desenvolvendo lentamente, ao receber influência da filosofia, da igreja e
das organizações militares.
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O processo de evolução da
administração é intensificado após a revolução industrial, e principalmente
no século XX, surgindo várias teorias com aspiração de sistematizar
o processo administrativo.
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O termo
administração vem do latim: ad = direção, tendência para / minister =
subordinação ou obediência
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Administração
é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho
dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da
organização para alcançar objetivos estabelecidos.
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A tarefa básica da
administração é a de fazer as coisas por meio de pessoas de maneira eficiente
e eficaz.
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O principal motivo da
existência das organizações é o fato de que certos objetivos só podem ser
alcançados por meio da ação coordenada de grupos de pessoas.
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Atualmente
entendemos a administração como: uma ciência que estuda as organizações e as
empresas com fins descritivos para compreender seu funcionamento, sua
evolução, seu crescimento e seu comportamento.
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A
administração é praticada desde que existem os primeiros agrupamentos
humanos. Com a revolução industrial do séc. XVIII e o surgimento das máquinas
a vapor, cria uma necessidade de sistematizar um processo administrativo que
atendesse as exigências do novo modelo organizacional.
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Ênfase
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Teorias
administrativas
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Nas
tarefas
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Administração
científica
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Na
estrutura
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Teoria clássica
Teoria neoclássica
Teoria da burocracia
Teoria
estruturalista
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Nas
pessoas
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Teoria das relações humanas
Teoria do comportamento
organizacional
Teoria
do desenvolvimento organizacional
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No
ambiente
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Teoria estruturalista
Teoria
da contingência
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Na
tecnologia
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Teoria
da contingência
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Na
competitividade
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Novas
abordagens da administração
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1.
Administração científica; 2. Teoria
Clássica da Administração; 3. Abordagem Humanística da Administração; 4.
Modelo Burocrático; 5. Teoria Estruturalista; 6. Teoria Neoclássica.
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1. Administração
científica propõe
a substituição do empirismo das decisões tomadas através da intuição por uma
ciência administrativa, que buscava o rendimento máximo por meio da
organização racional do trabalho proposta pelo americano Frederick Taylor
(1856-1915). O foco nas tarefas e funções, a pouca atenção no humano (teoria
da máquina), a limitação do campo de aplicação e a ausência de comprovação
científica foram algumas das principais críticas a essa teoria.
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Henry Ford adotou uma
abordagem revolucionária na fabricação de automóveis, utilizando princípios
da administração científica. Após muito estudo, máquinas e trabalhadores
foram colocados em sequência na fábrica de modo que um automóvel pudesse ser
montado sem interrupções ao longo de uma linha de produção móvel.
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2. Teoria
Clássica da Administração proposta na Europa por Henry Fayol
baseado em sua experiência na alta administração. Caracteriza-se pela ênfase
na estrutura organizacional, pela visão do homem econômico e pela busca da
máxima eficiência. A teoria clássica dá ênfase exagerada na estrutura
organizacional, isto é, visão do todo organizacional e foi criticada
principalmente por não existir
fundamentação experimental dos métodos e técnicas estudados por Fayol.
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3. Abordagem
Humanística da Administração surgiu nos anos 30, conhecida
também como escola das relações humanas. Tinha objetivo de corrigir a forte
tendência de desumanização do trabalho tirando a ênfase na tarefa e na
estrutura e passando para as pessoas.
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Foi criticada pela oposição
cerrada à teoria clássica, pela concepção ingênua e romântica do operário, a
limitação do campo experimental e principalmente pela ênfase exagerada nos
grupos informais em detrimento das organizações formais.
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4. Modelo
Burocrático de Max
Weber, com seu estruturalismo organizacional e princípios comportamentais
rígidos. Com ênfase na competência técnica e meritocracia, nessa teoria a
escolha e avaliação das pessoas devem obedecer ao critério do mérito e
competência técnica e não em preferências pessoais.
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5. Teoria
Estruturalista inspirada
na abordagem burocrática de weber, tenta
conciliar as teses propostas pela teoria clássica e pela teoria das relações humanas. Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações
com o seu ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de
organizações, caracterizada pela interdependência entre as organizações.
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6. Teoria Neoclássica (retomada das abordagens clássica e científica) como
ficou conhecida no brasil, tem o foco
nos resultados organizacionais (objetivos) e constitui um movimento
relativamento heterogênio e não uma escola bem definida.
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A partir de Peter Drucker
e a teoria neoclássica as teorias passam a ser chamadas de modernas, pois ele
é considerado o pai da administração moderna. Surgem teorias como a
contingêncial, a teorial geral dos sistemas e outras que contribuiram para
avanço da administração como ciência.
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No século XXI,
a administração e as organizações estão sofrendo grandes transformações, as
empresas privadas, em particular, operam dentro de um contexto extremamente
competitivo e precisam aprimorar continuamente sua eficiência: fazer mais,
com menor quantidade de recursos, possibilitando o surgimento de novas
teorias administrativas a qualquer momento.
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As organizações educacionais,
assim como qualquer outro tipo de organização, precisam de bons métodos
administrativos para atingir seus objetivos.
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As tendências do cenário
internacional chegaram ao Brasil, influenciando muitos autores da
administração escolar, que passaram a defender a aplicação de princípios
racionais, na administração na escola, sendo pioneiro nesse posicionamento José
Querino ribeiro já na década de 30 do século XX.
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GESTÃO ESCOLAR: CONCEITOS BÁSICOS
1. Pressupostos Educacionais e a Função da
Escola
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O que está por trás da pergunta: “O
que você vai ser quando crescer?”
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As concepções de
administração/gestão escolar refletem posições políticas e concepções de
homem e sociedade.
A forma de uma escola se organizar
depende de seus objetivos mais amplos sobre a relação da escola com a conservação
ou a transformação social.
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Quais são
as funções básicas da escola? O que a escola representa para a cidade, para o
bairro?
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Assim, em uma sociedade em que o
homem é tido como sujeito histórico e sua formação tem como objetivo o
desenvolvimento físico, político, social, cultural, filosófico, profissional
e afetivo, a concepção de educação se dá na perspectiva que concebe o homem
na sua totalidade.
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Em contrapartida, em uma sociedade em que o homem é reduzido
a indivíduo que vende a sua força de trabalho, a educação passa a ter
como finalidade habilitar técnica, disciplinar e ideologicamente os diversos
grupos de trabalhadores para servir ao mundo do trabalho. Nessa concepção, a
educação limita-se à preparação de mão-de-obra, qualificando o homem para a
submissão individual e competitiva à esfera econômica e ao mercado de poucos
empregos.
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O homem em sua totalidade, enquanto ser constituído pelo biológico,
material, afetivo, estético e lúdico. Nesse sentido, faz-se necessário que os
homens, no desenvolvimento das práticas educacionais, em suas múltiplas e
históricas necessidades, sejam considerados como sujeitos dos processos
educativos.
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Isso significa que a educação está sendo compreendida em um sentido
mais amplo, ou seja, enquanto prática social que se dá nas relações que os
homens estabelecem entre si, nas diferentes instituições e movimentos
sociais, sendo, portanto, constituinte e constitutiva dessas relações.
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E a escola, como instituição social, criada pelos homens na busca da
construção/reconstrução de um saber histórico e da sua própria humanização
por meio das relações estabelecidas, só se justifica quando cumpre a função
social para a qual foi criada.
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Logo, é função da escola criar projetos educativos numa perspectiva
transformadora e inovadora, onde os fazeres e práticas não estejam centrados
nas questões individuais, mas sim nas questões coletivas.
Isso quer dizer que, para a escola avançar, é fundamental considerar
os espaços de formação de todos que trabalham, criam, brincam, sonham e
estudam, enfim, de todos aqueles que dela fazem parte.
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Cabe à instituição escolar formar cidadãos críticos e
participantes, com consciência e clareza das fronteiras em relação aos seus
direitos e deveres.
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A educação não pode ser vista como elemento sociocultural
isolado, pois o objetivo da política nacional de educação deve se harmonizar
com os objetivos fundamentais da própria República, fixados pela Constituição
Federal de 1988:
construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o
desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos, sem preconceito
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
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Vimos, portanto, que há outra
concepção de gestão educacional, derivada não dos objetivos do mundo
comercial e competitivo, mas da natureza, das funções, dos objetivos e dos
valores das escolas, alicerçados no campo da formação humana e sociocultural.
A maneira de conduzir uma escola reflete, portanto, os valores, concepções,
especificidades e singularidades que a diferenciam da administração
capitalista.
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2. Administração X Gestão
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ADMINISTRAÇÃO
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GESTÃO
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Papel no mercado
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Interesse público
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A técnico-científica (ou
funcionalista).
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A autogestionária e a
democrático-participativa (sociocrítica).
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Enfoque sobre as partes e sua eficiência.
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Enfoque sobre o todo e a sua efetividade
global.
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Voltada para dentro-isolada-fechada
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Voltada para fora-aberta
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Valoriza o poder e a autoridade,
exercidas unilateralmente. Enfatizando relações de subordinação,
determinações rígidas de funções, hipervalorizando a racionalização do
trabalho, tende a retirar ou, ao menos, diminuir nas pessoas a faculdade de
pensar e decidir sobre seu trabalho. Com isso, o grau de envolvimento
profissional fica enfraquecido.
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Concebem a participação de todos nas
decisões como importante ingrediente para a criação e desenvolvimento das
relações democráticas e solidárias.
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As Teorias Administrativas tem suas raízes na preocupação com produtividade.
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Seus participantes estão coletivamente organizados
e compromissados com a promoção de educação de qualidade para todos.
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Planejar, organizar a alocação de recursos e comandar, controlar
e coordenar pessoas.
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Planejar, organizar a alocação de recursos e comandar, controlar
e coordenar pessoas
+ busca de parcerias e alianças estratégicas para o alcance de
objetivos organizacionais
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Por estar voltada para os elementos clássicos da administração,
a abordagem técnico-científica não oferece um ambiente propício à
participação dentro do processo de gestão escolar.
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Já, dentro de uma abordagem sociocrítica da gestão escolar,
existe um espaço para o questionamento, a participação e a
contribuição da comunidade escolar para o processo decisório.
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3. Gestão Democrática: Conceito e Limitações
da ação democrática
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Conceito
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A administração na educação precisa
ter em primeiro plano de suas preocupações a natureza da educação que se
procura oferecer e obter. Os fins que se tem em mente e o produto que se
busca realizar são elementos imprescindíveis na consideração dos meios de
atingi-los.
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A transição da administração para a
gestão faz com que passem a surgir dentro do processo administrativo das
organizações novas ideias e conceitos, tais como responsabilidade social,
empowerment, governança e criação de redes. Todas essas mudanças levam as
organizações à busca de alianças e parcerias estratégicas com clientes,
fornecedores, governo, sociedade e todo e qualquer outro tipo de pessoa ou
instituição que possa apoiar o alcance de objetivos organizacionais.
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Ou seja, a mudança do enfoque da
administração para a gestão traz um importante elemento agregado, a participação
de todas as partes interessadas nas atividades realizadas pela organização,
estas agora passam a ser atores dentro do processo de planejamento
estratégico da organização e, com isso, a gestão passa a ter enfoque
participativo.
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O termo
gestão possibilita superar o enfoque limitado de administração, de modo que
os problemas educacionais são complexos e necessitam de visão global e
abrangente, assim como ações articuladas, dinâmicas e participativa.
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A gestão escolar vai além do sentido
de mobilizar as pessoas para a realização eficaz das atividades, pois implica
intencionalidade, definição de um rumo, uma tomada de decisão diante dos
objetivos sociais e políticos de uma escola. A escola, ao cumprir sua função
social influi na formação da personalidade humana e não é possível
estruturá-la para o cumprimento da sua função social, sem levar em
consideração objetivos políticos, técnicos e pedagógicos.
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A gestão, numa concepção
democrática, efetiva-se por meio da participação dos sujeitos sociais envolvidos
com a comunidade escolar, na elaboração e construção de seus projetos, como
também nos processos de decisão, de escolhas coletivas e nas vivências e
aprendizagens de cidadania.
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A gestão escolar pode ser
compreendida como um processo político, de disputa de poder, explicitamente
ou não, através do qual as pessoas que agem na/sobre a escola pautam-se
predominantemente pelos seus próprios olhares e interesses acerca de todos os
passos desse processo, com vistas a garantir que as suas formas de compreender
a instituição e os seus objetivos prevaleçam sobre os dos demais sujeitos, ao
ponto de, na medida do possível, levar os demais sujeitos a agirem como elas
pretendem.
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A gestão democrática é compreendida
então como um processo político através do qual as pessoas que atuam na/sobre
a escola identificam problemas, discutem, deliberam e planejam, encaminham,
acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao
desenvolvimento da própria escola na busca da solução daqueles problemas.
Esse processo, sustentado no diálogo, na alteridade e no reconhecimento às
especificidades técnicas das diversas funções presentes na escola, tem como
base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o
respeito às normas coletivamente construídas para os processos de tomada de
decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola.
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Isto quer dizer que a gestão da
escola pública pode ser entendida pretensamente como um processo democrático,
no qual a democracia é compreendida como princípio, posto que se tem em conta
que essa é a escola financiada por todos e para atender ao interesse que é de
todos; e também como método, como um processo democratizante, uma vez que a
democracia é também uma ação educativa, no sentido da conformação de práticas
coletivas na educação política dos sujeitos.
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GESTÃO DEMOCRÁTICA representa a descentralização de poder, mas
não pode significar abandono do Estado e transferência total de
responsabilidade ao cidadão!
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Gestão democrática deve oferecer ensino democrático e de
qualidade voltada para a transformação social em detrimento de uma
administração escolar marcada pela racionalidade capitalista excludente.
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Principais características da gestão democrática
1. Construção social e histórica (denunciando aspectos de
dominação, exploração, controle e exclusão), inclusive seus contextos
históricos, composições e origens conflituosas.
2. Intenção desvinculada da performance – busca desenvolvimento
de conhecimentos visa à superação das pessoas em relação aos mecanismos que
as oprimem, rompendo a lógica instrumental de maximização de resultados
(eficiência, efetividade e eficácia), desenvolvendo a criticidade e
questionamento.
3. Intenção Emancipatória – promove a autonomia (capacidade de
julgamentos que não sejam impedidos ou subordinados às relações de poder e
desigualdade) e a responsabilidade dos indivíduos (consciência de
interdependência social-compromisso coletivo).
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Limitações da ação democrática
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1. Dificuldade em mudar sua própria cultura:
sucessivas expressões da perversidade institucional educando a favor do
autoritarismo
Quando a escola reforça sua tradição
de classificar, de enfatizar o melhor (ou de se submeter a indicar o melhor
aluno para a sociedade), de hierarquizar, de recrutar forçosamente, dentre
outras características da sua cultura, age de forma perversa e antagônica com
as reais necessidades educativas.
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2. Significados divergentes sobre a
democratização do ensino de qualidade:
ð Universalização do acesso à escola;
ð Quantidade de aprovações;
ð Notas (português e matemática);
ð Generalização de sistemas de avaliação baseados em testes
padronizados.
ð Testes que pontuam a quantidade de
informações exibidas pelos alunos.
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3. Excesso de normatização – democracia
estética
Assim, situações de participação
normatizadas em excesso, ao ponto de limitarem o direito de manifestação
das pessoas. A democracia se faz muito menos nas definições formais,
constitucionais, dos direitos dos indivíduos e muito mais pela ampliação real
das condições de superação das desigualdades sociais.
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4. Métodos democráticos nem sempre
levam à democracia de fato.
A instituição de conselhos de
escola, eleições para dirigentes escolares, ou outros mecanismos tidos como
de gestão democrática que atuam a partir da regra da maioria, per si, portanto, não representam
muito a democracia. Se os indivíduos que compõem essas instituições não
pautarem suas ações pelo diálogo e pela alteridade, pouco restará de
democrático nessas ações coletivas.
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5. Falta de uma participação mais
ampla
A participação não pode se resumir aos processos de tomada de
decisões. Nesse sentido, a participação democrática pressupõe uma ação
reguladora, fiscalizadora, avaliadora, além de decisória sobre os rumos da
vida política e social das instituições escolares e da sociedade. Mas, a
participação só é efetiva quando as pessoas que são chamadas a participar são
colocadas em condições adequadas para tal. Como é possível um sujeito
participante avaliar o trabalho desenvolvido na escola se não tem acesso às
informações que lhe permitam produzir tal avaliação?
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Muito mais que mudanças
terminológicas é necessário uma mudança de hábitos administrativos, que
partam da visão macro dos sistemas de ensino, para chegar aos ambientes
micros que são as escolas.
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ABRANGÊNCIA
DA GESTÃO ESCOLAR: PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO
1. Gestão de Pessoas
ð Motivação
e desenvolvimento de espírito comprometido com o trabalho educacional
ð Formação
de espírito e trabalho de equipe
ð Cultivo de
diálogo e comunicação abertos e contínuos
ð Inter-relacionamento
pessoal orientado pelo espírito humano e educacional
ð Capacitação
em serviço orientada pela promoção de um ambiente centrado na aprendizagem
continuada
ð Desenvolvimento
de uma cultura de avaliação e auto avaliação
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2.
Gestão Pedagógica
Questão que devem ser consideradas:
ð Quais são os critérios utilizados na
seleção do conhecimento sistematizado e usualmente ministrado?
ð Com quais intencionalidades esses
interesses estão comprometidos? Que contextos privilegiam?
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ð De que métodos se utilizam?
ð Quais são os contextos políticos e
socioculturais privilegiados nas práticas escolares e com que visão de
sociedade se comprometem?
ð Como os professores articulam o saber
escolar com o saber do aluno?
ð Em que medida e de que forma os
professores tornam os alunos sujeitos na construção de um saber próprio,
orientado pelos princípios da construção do conhecimento com rigor
científico?
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Sobre o currículo:
ð o desenvolvimento de um currículo que
contemple as novas demandas que o mundo contemporâneo traz para as escolas;
ð a construção da identidade e da
autonomia da escola e de seus profissionais, baseada no desenvolvimento da
competência e no cumprimento das responsabilidades inerentes ao seu trabalho
com qualidade;
ð o desenvolvimento das ações propostas
no projeto político-pedagógico e nos diversos planos escolares;
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ð o acolhimento e a interação entre as
várias orientações sobre o que e como ensinar e aprender, de modo a dar
sentido interdisciplinar e abrangente a esse processo;
ð uma construção curricular crítica;
ð o acesso pelo aluno aos conhecimentos
fundamentais necessários à qualidade de vida e cidadania;
ð a construção de unidade de atuação
entre os profissionais da escola, a partir de sua orientação por princípios,
diretrizes e objetivos comuns;
ð o estabelecimento de parâmetros
orientadores para a coordenação pedagógica, a ação docente, a capacitação dos
professores em serviço e a avaliação da efetividade do seu trabalho
educacional.
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3.
Gestão Administrativa
Questões que devem ser
consideradas:
ð Há na escola a utilização plena de
seus espaços, equipamentos e recursos didáticos?
ð A gestão desses equipamentos e
recursos didáticos é orientada por planos para seu uso definidos de forma
participativa?
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ð Os livros da escola estão em contínuo
uso pelos alunos?
ð Os equipamentos eletrônicos da escola
estão em contínuo uso?
ð A escola é mantida continuamente
limpa?
ð Os participantes da comunidade
escolar são orientados e envolvidos na conservação da limpeza escolar?
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ð É feita vistoria contínua dos bens e
equipamentos escolares e providenciada a sua revisão ou conserto quando
necessário?
ð Há na escola comitês de apoio à
gestão do patrimônio escolar?
ð As salas de aula, corredores e outros
espaços escolares mantêm expostas estimulação visual (cartazes, mapas,
figuras, trabalhos escolares) sobre os objetos de aprendizagem pelos alunos?
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ð A estimulação visual com esses
materiais é periodicamente renovada?
ð Os servidores da escola responsáveis
por atuar diretamente em relação ao patrimônio escolar, serviços de apoio e
secretaria são continuamente integrados na realização do Projeto
Político-Pedagógico da escola?
ð O planejamento das ações dos setores
ligados à gestão administrativa está relacionado com a realização do Projeto
Político-Pedagógico da escola?
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Sobre a gestão
financeira:
ð Quais são as fontes e o montante de
recursos de que a escola dispõe?
ð Como é decidido o seu gasto? – por
quem e tendo por base o quê?
ð É feito um orçamento de gastos
possíveis da escola no seu Plano de Desenvolvimento?
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ð A decisão da distribuição de recursos
leva em conta a definição de prioridades educacionais, isto é, sua
contribuição para a melhoria da qualidade do ensino?
ð Os gastos são corretamente calculados
e de acordo com as prioridades?
ð As compras realizadas pela escola são
feitas de modo a atender as disposições legais orientadoras de compras pelo
serviço público?
ð Os registros e documentações
financeiras da escola são mantidos organizados e atualizados?
ð Que situações podem assegurar o uso
mais satisfatório dos recursos?
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4.
Gestão de Resultados Educacionais
ð Que habilidades os alunos estão
aprendendo ou deixando de aprender em cada unidade de ensino, em cada
segmento de aprendizagem, em cada turma, com cada professor, em cada turno
escolar, na escola como um todo?
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ð Há diferença de resultados entre
alunos pertencentes a grupos diversos, como por exemplo, meninos e meninas,
nível socioeconômico das famílias, repetentes ou não, etc.
ð Há diferença de resultados, numa
mesma série, entre alunos com professores diferentes?
ð Há diferença de resultados entre alunos
de turnos diferentes? O que explicaria essas possíveis diferenças?
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ð A escola tem superado ou acirrado as
diferenças de desempenho associadas a classificações sociodemográficas dos
alunos?
ð Quão longe de um desempenho ideal
estão diferentes grupos de alunos?
ð Como se poderia superar essas
diferenças?
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ð Como a escola acompanha e avalia
esses resultados e utiliza esses dados sobre o desempenho escolar para
orientar o processo contínuo de melhoria do ensino?
ð Tem havido variação desses resultados
mês a mês, bimestre a bimestre, semestre a semestre, ano a ano, como
decorrência de um esforço sistemático?
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A gestão de resultados educacionais:
• Baseia-se em indicadores de
desempenho, que sintetizam os elementos que traduzem o nível de aprendizagem
dos alunos.
• Promove a verificação sistemática e
contínua da frequência dos alunos, da sua aprendizagem e do desempenho
escolar.
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• É realizada em âmbito de sistema de
ensino, mediante adoção de testes padronizados que permitem comparação de
resultados.
• É realizada na escola em todas as
unidades de aprendizagem, com fins pedagógicos (melhoria da aprendizagem de
alunos que demandam atenção diferenciada).
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• É também realizada na escola,
mediante testes padronizados, que permitem identificar a necessidade de mudanças
e reorganização do processo educacional para garantir melhores resultados de
grupos específicos de alunos.
• É associada à definição de metas de
desempenho.
• É realizada, na escola, com
objetivos pedagógicos de identificar necessidades de melhoria, em associação
aos elementos melhor condizentes a esses resultados.
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• É dependente de práticas de
acompanhamento e análise de resultados finais de processos educacionais: fim
de unidade de aprendizagem (escola), de ano letivo (sistema).
• É realizada nos sistemas de ensino
com o objetivo de estabelecer políticas de melhoria do ensino.
• Baseia-se na comparação de dados,
que permitem verificar quanto de melhora houve em um dado período e como
variam esses resultados em condições diferentes.
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5.
Gestão do Clima e Cultura Escolar
Como é
formada a cultura organizacional
A cultura organizacional envolve um
conjunto de elementos inter atuantes, aprendidos coletivamente na prática
escolar e formadores de um todo único. Dentre esses elementos, destacam-se:
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1) Ideário ou Preceitos,
expressos por crenças, pressupostos, normas tácitas, padrões de
comportamento, hábitos de pensamento, modelos mentais, padrões linguísticos,
valores, códigos informais e regulamentos em prática, hábitos e costumes,
muitos dos quais implícitos e não escritos.
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2) Tecnologia, caracterizada
pelo conjunto de processos e modo de fazer as coisas − o seu saber fazer −, o
seu modo de organizar e compartilhar responsabilidades, de usar o tempo, que
extrapola as proposições formais de cronograma.
3) Caráter, constituído pelo
sentimento e reações das pessoas sobre todo o conjunto de coisas e sobre o
seu papel no contexto delas.
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O grande desafio
do diretor escolar constitui-se, portanto, em atuar de modo a conhecer os
valores, mitos e crenças que orientam as ações das pessoas que atuam na
escola e como se reforçam reciprocamente e, em que medida esses aspectos desassociam
ou distanciam dos objetivos, princípios e diretrizes educacionais. E ainda,
em compreender como sua própria postura interfere nesse processo, para então,
atuar de modo a promover a superação do distanciamento porventura existente entre
os valores vigentes e os objetivos educacionais.
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• Quais as principais características
da cultura organizacional da escola?
• Quais as maiores tendências de seu
modo de ser e de fazer?
• Como agem as pessoas em seu
interior?
• Que valores essas ações expressam?
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• Como e em que medida esse modo de
agir é determinado pelo sentido educacional?
• Quais os valores mais comumente
praticados na escola?
• Em que medida eles estão próximos
ou distantes dos objetivos educacionais propostos?
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• Em que medida a missão, visão e
valores da escola estão expressos nas atitudes dos professores e funcionários
da escola?
• Como e em que medida o modo de agir
e de falar das pessoas no cotidiano escolar é compatível com o sentido
educacional?
• Na medida que haja discrepância
relevante, o que explicaria essa discrepância?
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6.
Gestão do Cotidiano Escolar
aberta, transparente X fechada;
flexível X inflexível; democrática X autoritária; proativa X reativa;
inovadora X conservadora; orientada pelo passado X orientada por visão de
futuro.
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• Quais as principais regularidades,
dinâmicas e desdobramentos do cotidiano escolar?
• Que significados têm as ações
regulares na escola?
• Que lógicas mantêm essas práticas?
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• Que distância existe entre os
objetivos reais das diferentes práticas e os objetivos propostos pelo
Projeto-Pedagógico da escola?
• Como são usados os espaços e
equipamentos escolares e que significado é atribuído por esse uso?
• Como são tomadas as decisões, quem
as toma e em atendimento a que interesses reais?
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• Como é o processo de comunicação e
relacionamento interpessoal no interior da escola e dela com os pais e a
comunidade?
• Quais as falas, gestos, silêncios
mais comuns na escola?
• Que princípios norteiam essa
comunicação e relacionamento?
|
• Que influências são exercidas sobre
o cotidiano escolar e como se expressam na determinação do fazer educacional
da escola?
• Em que medida é promovida na escola
a reflexão sobre suas práticas cotidianas, no sentido de explicitação sobre o
seu significado?
• Que medidas são adotadas para a
superação das limitações do cotidiano escolar?
|
7.
Gestão Democrática e Participativa
• Criar na escola uma visão de
conjunto, que estabelece o sentido de unidade e orienta o sentido de
cooperação e ação articulada.
• Promover clima de confiança e
reciprocidade na construção de um ambiente colaborativo.
|
• Promover a integração de esforços,
a articulação de áreas de atuação, a quebra de aresta e o enfraquecimento de
atritos, dissensos e diferenças.
• Criar cultura de valorização das
capacidades, realizações e competências das pessoas pela celebração dos seus
resultados, como um valor coletivo da escola e da educação.
• Desenvolver a prática das decisões
colegiadas e compartilhamento de responsabilidades.
|
PANORAMA
HISTÓRICO DA GESTÃO ESCOLAR NO BRASIL
Historicamente a Gestão Escolar acompanhou o
modelo de Gestão do País.
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República (de 1889 a 1930)
Logo que o Brasil se tornou
república, em 1889, não havia ainda uma organização escolar Embora a escola
já existisse no tempo do império, a questão de sua administração começou a se
delinear no fim do século XIX.
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Desde o aparecimento das primeiras
escolas até Marques de Pombal 1772 o ensino foi uma obra de organização e de
administração particulares, onde escolas e professores confundiam-se numa só
entidade.
|
A expressão Administração Escolar
como título de certa área de problemas pedagógicos tratados em documentos
nacionais aparece, pela primeira vez, em 1883 nos Pareceres de Rui Barbosa.
Com essa citação podemos perceber que o Brasil ainda não tinha pensado a
administração escolar como área pedagógica e estava em fase de constituição
da educação para a formação de um sistema nacional.
|
É importante salientar que o Brasil
estava se tornando uma república e, por isso havia muitos espaços a serem
mais bem organizados e também criados.
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Nova
Escola-Tecnocrática-Científica (1930 a 1980)
ð Mudança de privada para pública
ð Visão nacional e científica
ð Rigidez e a burocracia
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Em 1926, a Constituição de 1891 foi
revisada e com esta a importância estratégica do Estado no que se refere à
difusão e consolidação da educação básica como elemento importante na
construção da esfera pública.
Estes destacam, ainda, que, após 43 anos de
regime republicano, as políticas econômicas continuavam dissociadas das
políticas educacionais, defendendo a importância de se criar “um sistema de
organização escolar, à altura das necessidades modernas e das necessidades do
país.
|
Com o Estado novo apoiado por Getúlio
Vargas, a educação no Brasil adquiriu um caráter técnico-científico muito
forte, pois a ideologia do mercado de trabalho estava se proliferando por
todo o mundo, especialmente em países em desenvolvimento da época.
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A educação tinha como principal
função estabelecer que determinados fins fossem atingidos “possibilitando a
disseminação dos valores morais e a ampliação do número de trabalhadores para
atender às exigências do esperado desenvolvimento econômico.”
|
Funções antes delegadas a outras esferas e a
escola pública passou a atender um número cada vez maior de alunos, o que
demandou um modelo de administração escolar capaz de atender à crescente
demanda, a um custo menor. Nesse sentido, os princípios ligados à
administração geral postulados por Fayol e Taylor são defendidos por Ribeiro
(1976) com as devidas adequações para a Administração Escolar.
|
Escola
Crítica (década de 70 e 80)
A Escola Crítica surgiu na contraposição da
identificação educacional com a administração geral de empresas e, de maneira
menos enfática que a Escola Clássica e dá indícios, de que compreende a
condução política e pedagógica da escola e da educação, de onde emergiria um
campo de conhecimento da administração educacional.
|
Em tempos de mudanças decorrentes da
transição do período ditatorial para a redemocratização da república, o
Brasil lutava por maior participação, o desejo da população era a
descentralização no país. O processo de democratização que o país viveu fez
aumentar, simultaneamente, o interesse por movimentos descentralizadores.
|
Os trabalhadores da educação marcaram
definitivamente essa década com as greves que promoveram nos finais dos anos
70 e início dos 80. O envolvimento da comunidade nas lutas em defesa da
escola pública e de melhores condições de trabalho e remuneração dos
professores imprimiu a essas greves uma legitimidade a que jamais se
assistiu.
|
O motivo que mobilizava todas as
pessoas conscientes de seu poder era o desejo por mudanças na gestão e organização
da educação, valorização do magistério como profissão. Nunca se viu na
história do país tamanha mobilização social em favor de um bem público,
garantido em lei. Devido a esse grande movimento social as petições foram
atendidas.
|
A escola, ao movimentar-se da
administração escolar para a gestão escolar, deixa de garantir a formação
competente para que os educandos se tornem cidadãos participativos da
sociedade, oferecendo a esses educandos oportunidade para que possam aprender
para compreender a vida, a sociedade e a si mesmos, e passa a ser vista não
como uma entidade autoritária e paternalista de responsabilidade do governo,
mas como uma organização viva, caracterizada por uma rede de relações de
todos que nela atuam ou interferem.
|
Constituição
– Princípios Democráticos (1988)
Com a promulgação da Constituição Federal de
1988 o movimento de democratização, descentralização e construção da
autonomia, princípios democráticos passaram a constituir novas formas de
mecanismos e ações no interior das Unidades Escolares, oportunizando a
participação da comunidade escolar e local nas decisões que envolvem as
questões educacionais.
|
A Constituição Federal do Brasil de
1988, em seu Capítulo III declara:
Art. 206. O ensino será ministrado
com base nos seguintes princípios: VI - gestão democrática do ensino público,
na forma da lei;
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É a primeira vez que um documento
oficial do governo traz a maneira de gerir a educação no país.
É importante salientar que a
Constituição Federal de 1988, ao incorporar a gestão democrática do ensino
público, não só trouxe como prerrogativa a descentralização do mesmo, como
apontou novas formas de organização e administração da escola e do sistema.
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LDB
– Consolidação Democrática (1996)
A LDB 9.394/96, embora não defina com
precisão o significado de gestão democrática, deixa bem claro os princípios
norteadores para a gestão da escola pública:
Art. 14. Os sistemas de ensino
definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação
básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes
princípios:
I - participação dos profissionais da
educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades
escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
|
A descentralização é vista pelo
governo como uma forma de ampliação da capacidade de ação do governo e de
redução dos custos operacionais, por meio do aproveitamento da capacidade de
iniciativa das administrações municipais e das comunidades.
|
GESTÃO
DEMOCRÁTICA: CARACTERÍSTICAS E IMPLEMENTAÇÃO
A gestão democrática da escola
consolida-se por meio de seus órgãos colegiados: Conselho Escolar, Conselho
de Classe, Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) e o Grêmio
Estudantil. Estes mecanismos de participação legitimam o processo
democrático, incentivando a eleição de diretores e a democratização dos
processos de decisão.
|
O processo de democratização da
escola pública torna imprescindível a compreensão das instâncias colegiadas
porque uma das características da democracia é o compartilhamento das
decisões e informações. Compartilhar decisões significa envolver pais,
alunos, professores, funcionários e outras pessoas da comunidade na
administração escolar.
|
As decisões, quando são coletivas,
assumem um valor qualitativo muito maior do que as individuais porque
representam, de fato, os anseios da comunidade. Neste caso, a administração
escolar conta com um empenho maior dessa mesma comunidade no acompanhamento e
concretização dos resultados.
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Só se valoriza o que se conhece.
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Órgãos colegiados de gestão:
Conselho Escolar, Conselho de Classe,
APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) e Grêmio Estudantil.
Compreende-se por colegiado uma
instituição cujos membros têm poderes idênticos.
|
Um colegiado formado por pais,
alunos, professores, diretor, pessoal administrativo e operacional para gerir
coletivamente a escola – pode ser um espaço de construção do projeto de
escola voltado aos interesses da comunidade que dela se serve. Através dele,
a população poderá controlar a qualidade de um serviço prestado pelo Estado,
definindo e acompanhando a educação que lhe é oferecida.
|
Conselho Escolar
Os conselhos são colegiados de
natureza consultiva, deliberativa, avaliativa e fiscalizadora, ou seja:
ð têm o poder de tomar decisões e
emitir pareceres relativos às diretrizes e ações pedagógicas, administrativas
e financeiras, especialmente quanto ao direcionamento das políticas públicas
desenvolvidas no âmbito escolar;
|
ð acompanhar as ações educativas desenvolvidas
na unidade escolar com o objetivo de identificar os problemas e propor
alternativas para melhorar o seu desempenho;
ð e, ainda, acompanhar as ações da
escola, garantindo sua legitimidade.
|
Além das inúmeras atribuições, os
Conselhos têm funções bem definidas.
ð A função deliberativa refere-se
à tomada de decisões quanto ao direcionamento das ações pedagógicas,
administrativas e de gerenciamento dos recursos públicos.
|
ð A função consultiva refere-se
à emissão de pareceres dirimindo dúvidas e propondo soluções para situações
no âmbito de sua competência.
|
ðA função avaliativa refere-se
ao acompanhamento sistemático das ações desenvolvidas pela unidade escolar,
com o objetivo de identificar problemas e propor alternativas para a melhoria
do desempenho em todas as instâncias da vida escolar.
|
Grêmio Estudantil
Ele deve representar a vontade
coletiva dos estudantes e promover a ampliação da democracia, desenvolvendo a
consciência crítica.
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O Grêmio Estudantil, que não tem fins
lucrativos, deve se propor a:
ð representar os estudantes e defender
seus direitos, estreitando a comunicação dos alunos entre si e com os outros
segmentos da comunidade escolar.
|
ð Promover atividades educacionais,
culturais, cívicas, desportivas e sociais.
ð Também é função do Grêmio realizar
intercâmbio de caráter cultural e educacional com outras instituições.
|
Associação de Pais, Mestres e
Funcionários
É uma importante instância de
participação democrática e representa pais, professores e funcionários que buscam
integrar os segmentos escolares e colaborar no aprimoramento do processo
educacional e na integração família-escola.
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A APMF não tem caráter
político-partidário, atua sem fins lucrativos e não remunera seus membros.
Atualmente, sua principal função, em conjunto com o Conselho Escolar, é atuar
na gestão da unidade escolar, participar das decisões relativas à organização
e funcionamento da instituição nos aspectos administrativos, pedagógicos e
financeiros.
|
APMF tem como objetivos, entre outros:
ð discutir, colaborar e decidir sobre
as ações para a assistência do educando, o aprimoramento do ensino e a integração
família-escola-comunidade;
|
ð contribuir para a melhoria e
conservação do aparelhamento escolar, sempre respeitando critérios de prioridade,
e contribuir para trabalhos voluntários da comunidade, como, por exemplo, de
mutirão para reforma do prédio e equipamentos.
|
Conselho de Classe
Instância formalmente instituída na
escola ou órgão colegiado, responsável pelo processo coletivo de avaliação da
aprendizagem do aluno.
|
Objetivos do Conselho de Classe são:
ð efetuar uma avaliação contínua do
aluno e da turma em seus aspectos qualitativos e quantitativos;
ð aperfeiçoar o trabalho do professor com
o aluno por meio de subsídios fornecidos pela equipe pedagógica;
|
ð despertar no professor a consciência
de que é necessário realizar a auto avaliação contínua de seu próprio
trabalho com vistas ao replanejamento de suas atividades e métodos e a um
aprendizado mais eficiente por parte do aluno.
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Muito mais do que simplesmente
analisar o desempenho do aluno, o Conselho de Classe é um instrumento muito
importante e propício para refletir e repensar a prática pedagógica.
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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO – PPP
Para ocorrer a democratização dos
processos de decisão, é fundamental a participação dos segmentos
representativos da comunidade, especialmente na ação de planejar, executar e
avaliar o Projeto Político-Pedagógico.
|
Projeto Político-Pedagógico é um
documento fundamental, norteador das ações que formam a identidade da escola.
|
Seus objetivos são:
ð resgatar a intencionalidade da
instituição, que é a de ensinar aos alunos os conhecimentos historicamente
acumulados pela sociedade, preparando-os para o mundo do trabalho e para a
cidadania;
|
ð superar a fragmentação do
conhecimento e as ações individuais que geram disputas, promovendo a gestão
democrática;
ð fortalecer o grupo para lidar com os
conflitos e contradições; intervir na prática escolar no sentido de
discuti-la, analisá-la e modificá-la.
|
O termo projeto indica plano,
intento, e vem de projetar, que significa lançar-se, precipitar-se. Neste
sentido, o projeto é redação preliminar das intenções da escola, ou seja, é
um documento que reflete as intenções, os objetivos, as aspirações e os
ideais da equipe escolar, tendo em vista um processo de escolarização que
atenda a todos os alunos.
|
O termo político relaciona-se
ao sentido de exercer a política, de cuidar do que é público, ter habilidade
no trato das relações humanas, bem governar. A ação política promove a
concentração de pessoas ao redor de ideias e ideais, é essencialmente democrática.
|
O termo pedagógico, por sua
vez, refere-se à dimensão da efetivação da finalidade da educação, que é o
ato de ensinar e de aprender.
|
Proposta pedagógica de incluir:
I – explicitação sobre a organização
da entidade escolar;
II – filosofia e os princípios
didático-pedagógicos da instituição;
III– conteúdos, competências e
habilidades propostas e os respectivos encaminhamentos metodológicos;
IV – atividades escolares, em geral,
e as ações didático-pedagógicas a serem desenvolvidas durante o tempo
escolar;
V – matriz curricular específica e a
indicação da área ou fase de estudos a que se destina;
VI – processos de avaliação,
classificação, promoção e dependência;
VII – regime escolar;
VIII – calendário escolar;
IX – condições físicas e materiais;
X – relação do corpo docente e
técnico-administrativo;
XI – plano de formação continuada
para os professores;
XII – plano de avaliação interna e
sistemática do curso.
|
PLANO
DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA – PDE
O PDE é uma ferramenta gerencial
utilizada com o propósito de auxiliar a escola a realizar melhor o seu
trabalho.
|
ð Um processo de planejamento
estratégico que a escola desenvolve para a melhoria da qualidade do ensino.
ð É elaborado de modo participativo
com a comunidade escolar (equipe escolar, pais de alunos e outras partes
interessadas).
ð Define o que é a escola, o que ela
pretende fazer, aonde ela pretende chegar, de que maneira e com quais
recursos.
|
O PDE está estruturado em duas
partes: visão estratégica e plano de suporte estratégico.
|
REGIMENTO ESCOLAR
O conjunto de normas que regem o
funcionamento e os serviços do estabelecimento de ensino.
Documento resultante de uma construção
coletiva, que deveria refletir o projeto político-pedagógico da escola e
normatizar a organização administrativa, didático-pedagógica e disciplinar da
instituição de ensino.
|
Da análise dos pressupostos legais,
depreende-se que o Regimento Escolar é um documento a ser elaborado pela
comunidade escolar, explicitando as características que a identificam com o
serviço que a escola presta à comunidade, ou seja, as de uma instituição cujo
fim é a educação.
|
O Regimento Escolar é um instrumento
da organização administrativa e pedagógica. Como lei maior da escola, ele
define sua natureza e finalidade, bem como normas e critérios
que regulam seu funcionamento.
|
ð Do ponto de vista legal, a
importância do Regimento escolar está no fato de ele ser a “lei” da escola;
ð já do ponto de vista pedagógico, sua
importância é que ele expressa e respeita os anseios e as necessidades da
comunidade escolar, em correspondência com o Projeto Político-Pedagógico
(PPP) da escola.
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A importância do Regimento Escolar
está em estabelecer as regras gerais orientadoras rumo ao alcance dos
objetivos estabelecidos pelo PPP.
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Gerir democrática e participativamente
a escola significa criar condições para que todos ocupem os seus lugares e os
seus papéis, da melhor forma que for possível, em função do bem estar de si e
do outro, o que significa ter presente também o grupo e o meio ambiente.
|
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