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COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EM AMBIENTES ESCOLARES: DESENVOLVENDO AÇÕES E COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS PARA AS PRÁTICAS DE GESTÃO PARTICIPATIVA E DE GESTÃO DE PARTICIPAÇÃO



Desenvolvendo ações e competências profissionais para as práticas de gestão participativa e de gestão de participação.







INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA










COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EM AMBIENTES ESCOLARES
Desenvolvendo ações e competências profissionais para as práticas de gestão participativa e de gestão de participação


Professora: Telma Maria Magro

Acadêmico: Elderson Luciano Mezzomo





Novo Progresso - PA
Fevereiro - 2012

DESENVOLVENDO AÇÕES E COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS PARA AS PRÁTICAS DE GESTÃO PARTICIPATIVA E DE GESTÃO DE PARTICIPAÇÃO

I. AÇÕES A SER DESENVOLVIDAS NA ESCOLA POR UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA.

1. Formação de uma boa equipe de trabalho.
O trabalho em equipe é uma forma de desenvolvimento da organização que, por meio da cooperação, do diálogo, do compartilhamento de atitudes e de modos de agir, favorece a convivência, possibilita encarar as mudanças necessárias, rompe com as práticas individualistas e leva os alunos a produzirem melhores resultados de aprendizagem.

2. Construção de uma comunidade democrática de aprendizagem.
A expressão comunidade de aprendizagem está associada à ideia de participação ativa de professores, pedagogos e alunos – por meio de reuniões, de debates, de aulas, de atividade extraclasse – nas decisões relacionadas com a vida da escola, com os conteúdos, com os processos de ensino, com as atividades escolares de variada natureza, e com a avaliação.
            Esse modo de organizar a escola possibilita maior envolvimento dos professores com sua formação, porque podem discutir questões de seu trabalho com base em necessidades reais e juntas buscar alternativas para superar as adversidades.

3. Promoção de ações de desenvolvimento profissional.
Ações de desenvolvimento profissional são as que se destinam à formação continuada do pessoal da escola, envolvendo os professores e os funcionários administrativos.
A formação continuada é a garantia do desenvolvimento pessoal e profissional permanente. Como consequência, espera-se maior envolvimento daqueles que laboram na instituição, uma vez que sentindo valorados enquanto pessoas sentem-se capazes de discutir o pragmatismo ortodoxo e buscam dinamizar suas ações; inserindo novas formas de aplicação do conteúdo a ser trabalhado.

4. Envolvimento dos alunos em processos de solução de problemas e de tomada de decisões.
As práticas de gestão incluem, pois, formas de participação dos alunos na vida da escola. Mais concretamente, podem ser pensadas algumas medidas, a saber:
§  Promoção de encontros de orientação educacional grupal para conversação dirigida sobre questões de formação moral, relacionamentos e problemas típicos da juventude;
§  Envolvimento dos alunos na discussão de normas disciplinares, incluindo formas de prevenção à violência física e agressões verbais, visando garantir um ambiente participativo (democrático) e solidário na escola, além de possibilitar a convivência grupal, etc.

5. Envolvimento dos pais na vida da escola.
O envolvimento dos pais na escola pode ocorrer de modo informal, no contato com os professores para acompanhamento do desempenho escolar dos filhos, e de modo mais formal, na Associação de Pais e Mestres e no conselho de escola.

6. Fortalecimento de formas de comunicação e de difusão de informações.
As escolas continuam dando pouca importância à transparência nas decisões e ao aprimoramento das formas de comunicação com professores, alunos e pais.
A par da necessidade de aprimoramento das formas de comunicação de todos os membros da equipe, perpassam pela instauração de práticas de gestão que sejam tornadas públicas e disponibilizar informações sobre decisões administrativas, orçamentos, atas de reuniões, etc.

7. Avaliação do sistema escolar, das escolas e da aprendizagem dos alunos.
O conceito de avaliação educacional, atualmente, abrange não apenas a aprendizagem dos alunos na sala de aula, mas também o sistema educacional e as escolas. Essa avaliação visa à obtenção de dados quantitativos e qualitativos sobre os alunos, os professores, a estrutura organizacional, os recursos físicos e materiais, as práticas de gestão, sobre a produtividade dos cursos, etc., com o objetivo de emitir juízos de valor e tomar decisões acerca do desenvolvimento da instituição.
A avaliação da aprendizagem feita pelos professores constitui indicador efetivo do alcance dos objetivos e das atividades estabelecidas no projeto pedagógico-curricular e nos planos de ensino.




II. COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS DO PESSOAL DA ESCOLA.

1. Aprender a participar ativamente de um grupo de trabalho ou de discussão, a desenvolver competência interativa entre si e com os alunos.
É necessário para a realização de um bom trabalho em equipe que os atores envolvidos estejam dispostos a colaborar, compartilhar, motivar, possibilitando assim, o apoio mútuo. São fatores preponderantes para a melhoria da aprendizagem.

2. Desenvolver capacidades e habilidades de liderança.
Liderança é a capacidade de influenciar, motivar, integrar e organizar pessoas e grupos, a fim de trabalharem para a consecução de objetivos.
É notório que em boa parte das instituições o estilo de liderança ainda é autoritário. Nesse estilo as relações interpessoais são precárias, o envolvimento das pessoas é reduzido e o grau de satisfação com o trabalho é baixo. Um ambiente que deveria ser harmônico, integrador onde a aprendizagem seria o foco principal, se torna um ambiente hostil e agressivo.
A liderança democrática, em tese, ao contrário da liderança autoritária, favorece a cooperação, a comunicação, etc. Para que isso ocorra é necessário quebrar paradigmas, ultrapassar certas barreiras impostas por antigas convicções.

3. Compreender os processos envolvidos nas inovações organizativas, pedagógicas e curriculares.
Colocar em prática a gestão participativa implicar ter consciência de que as formas de organizações mais comuns nas escolas são centralizadoras, burocráticas e inibidoras da participação. Por isso, é preciso mudar a mentalidade, ou seja, buscar novos prismas para saber a forma ideal para introduzir inovações e como se instituem essas novas práticas.

4. Aprender a tomar decisões sobre problemas e dilemas da organização escolar, das formas de gestão, da sala de aula.
A solução de problemas assim como as decisões, requerem alguns procedimentos, como o levantamento de dados e de informações sobre a situação analisada, a identificação dos problemas e de suas possíveis causas, a busca de soluções possíveis, a definição de atividades que serão postas em prática, a avaliação da eficácia das medidas tomadas.

5. Conhecer, informar-se, dominar o conteúdo da discussão para ser um participante atuante e critico.
A participação em grupo e nas reuniões exige que os membros estejam mobilizados e que conheçam o assunto e se familiarizem com a problemática discutida. Há três campos de conhecimento sobre os quais os professores precisam estar muito bem informados: a legislação, os planos e as diretrizes oficiais, além das normas e rotinas organizacionais e as questões pedagógicas e curriculares.
O grande problema da nossa realidade é que a maioria dos profissionais da educação não tem conhecimento de leis, planos, etc. O problema se agrava quando não há busca. O profissional só pode operar a mudança quando é conhecedor e detentor de tais conhecimentos.

6. Saber elaborar planos e projetos de ação.
Cabe aos professores desenvolver competência para realizar diagnósticos, definir problemas, formular objetivos, gerar soluções e estabelecer atividades necessárias para alcançar objetivos. Para realizar tais atividades requer capacidade e habilidades de planejamento.

7. Aprender métodos e procedimentos de pesquisa.
O professor-pesquisador é profissional que sabe formular questões relevantes sobre sua própria prática e tomar decisões que apresentem soluções a essas questões; para isso, necessita dominar alguns procedimentos básicos de pesquisa.

8. Familiarizar-se com modalidades e instrumentos de avaliação do sistema, da organização escolar e da aprendizagem escolar.
A avaliação caracteriza-se sempre por ser uma visão retrospectiva do trabalho. É etapa necessária de qualquer plano ou projeto, no âmbito da escola ou da sala de aula. Todas as pessoas que trabalham na escola e participam dos processos de gestão e de tomada de decisões precisam dominar conhecimentos, instrumentos e práticas de avaliação.

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