Pular para o conteúdo principal

RESPOSTAS SOBRE O LIVRO HISTÓRIA DA TEOLOGIA CRISTÃ DE ROGER OLSON

Aqui estão respostas ao questionário fornecido pelo professor sobre o livro “História da Teologia Cristã” de Roger Olson (publicado pela Editora Vida em sua primeira edição em 2001, traduzido por Gordon Chow), como requisito à avaliação da matéria “História do Pensamento Cristão”.



Seminário Teológico Batista Equatorial



















Leitura e respostas a perguntas sobre o livro:
“História da teologia cristã”
de Roger Olson




Por

Elderson Luciano Mezzomo
















Rurópolis, 2005




Seminário Teológico Batista Equatorial
Curso de Mestrado em Teologia
Por Elderson Luciano Mezzomo

















Leitura e resposta a perguntas sobre o livro:
“História da teologia cristã”
de Roger Olson











Trabalho apresentado à disciplina
História do Pensamento Cristão,
como requisito de avaliação orientado pelo professor
Dr. Darlyson Feitosa


Sumário


Sumário                                                                                                                               03

Introdução                                                                                                                          04

Perguntas                                                                                                                            05

Respostas                                                                                                                            08


Introdução

Aqui estão respostas ao questionário fornecido pelo professor sobre o livro “História da Teologia Cristã” de Roger Olson (publicado pela Editora Vida em sua primeira edição em 2001, traduzido por Gordon Chow), como requisito à avaliação da matéria “História do Pensamento Cristão”.

Em primeiro lugar serão citadas as perguntas e, em seguida, as respostas numeradas respectivamente.


Perguntas

01. Em que sentido que Clemente de Alexandria e Tertuliano de Cartago representam extremidades opostas do espectro cristão a respeito da relação entre a teologia e a filosofia?
02. O que foi o "gnosticismo verdadeiro" ensinado por Clemente de Alexandria?
03. Como Tertuliano combateu a heresia de Práxeas?
04. Em que sentido que o legado deixado por Orígenes é considerado perturbador?
05. O que foi a interpretação alegórica das Escrituras, segundo Orígenes?
06. Por que a imutabilidade e impassibilidade de Deus se tornaram os principais atributos cristãos no terceiro século?
07. Por que o imperador Constantino convocou os bispos para uma reunião a ser por ele presidida?
08. Por que os termos homoousios e homoiousios causaram tanta polêmica, e qual foi a posição de Atanásio?
09. Como os pais capadócios resolveram a controvérsia trinitariana?
10. Como que as escolas de Antioquia e Alexandria divergiram sobre Cristo?
11. Por que as principais correntes da teologia da Antiguidade convergiram para Agostinho e por que dele fluíram correntes teológicas?
12. O que foi a heresia pelagiana?
13. Como que a Igreja Ocidental se tornou Católica Romana?
14. Como que a Igreja Oriental se tornou Ortodoxa Oriental?
15. O que foi o argumento ontológico de Anselmo a favor da existência de Deus?
16. Compare o pensamento de Anselmo e Abelardo: onde convergem? Onde divergem?
17. Como foi o método teológico de Tomás de Aquino?
18. De que maneira João Wycliffe desafiou a escolástica?
19. Qual a foi a contribuição do pensamento de Desidério Erasmo?
20. Por que no início do séc. XVI a teologia cristã na Europa estava em apuros?
21. Em que sentido Lutero “redescobriu” o Evangelho?
22. Por que Ulrico Zuínglio é considerado como “o verdadeiro pai da teologia protestante reformada”?
23. Como foi a posição de Zuínglio sobre os sacramentos?
24. Por que se diz que em Genebra Calvino reinou praticamente como um ditador da cidade?
25. Como foi a negação de Calvino sobre a contingência de Deus?
26. Qual foi o primeiro teólogo anabatista e em que o seu pensamento diferenciava de Lutero e Calvino?
27. Como foi a “teologia indireta” de Tomás Cranmer?
28. O que foi o Concilio de Trento e qual foi a reação protestante a ele?
29. Por que os puritanos e calvinistas consideraram o arminianismo como sinônimo de pelagianismo?
30. Como foi a crítica de Armínio à teologia reformada?
31. O que foi o sinergisrno evangélico de Armínio?
32. Qual a contribuição do pietista Philipp Jakob Spenner?
33. Quem foi o príncipe dos puritanos e por que ele é assim considerado?
34. O que foi o deísmo?
35. Qual foi o grande postulado de John Locke e qual a influência do seu pensamento no cristianismo?
36. Quem foi o pai da teologia liberal moderna e por que ele é assim considerado?
37. O que foi o movimento fundamentalista cristão?
38. Quem foi o precursor da neo-ortodoxia e quais as suas principais idéias?
39. Quem foi o fundador da neo-ortodoxia e quais as suas principais afirmações teológicas?
40. Qual a relação dos teólogos neo-ortodoxos com Cristo e com a Bíblia?
41. Como se pode entender a expressão “teologia evangélica”?
42. O que foi o Concílio Vaticano I e quais as suas principais decisões?
43. Em. que sentido que se diz que Alfred North Whitehead criou o sistema metafísico mais impressionante do século XX?
44. O que são “teologias da libertação”?
45. Quais os principais postulados da teologia da esperança de Jürgen Moltmann?
46. Opine: quais os três principais momentos da história do pensamento cristão e por que
        você assim os considera?



Respostas

01. Clemente de Alexandria e Tertuliano de Cartago representam extremidades opostas do espectro cristão a respeito da relação entre a teologia e filosofia no sentido de que:
a) Clemente de Alexandria seguiu os passos de Justino, considerando o cristianismo como a Verdadeira Filosofia, “que não contradiz e nem anula a filosofia grega, mas a completa”. Sendo rotulado por alguns de “quase o protótipo de um teólogo liberal”, ele representa hoje uma das trajetórias do pensamento cristão que tenta sintetizar, na medida do possível, a fé cristã e a cultura (como exemplo é citado Paul Tillich e o método de correlação).
b) Tertuliano de Cartago em atitude oposta chega a exclamar: “O que Atenas tem que ver com Jerusalém?”. Ele tentou apresentar um conjunto de doutrinas puramente bíblicas e apostólicas, mas não evitou totalmente a influência da filosofia grega com pensamentos estóicos (um exemplo atual dessa vertente é Barth).
02. O ideal de “Gnóstico Verdadeiro” de Clemente refere-se “a uma pessoa de sabedoria, que vive da mente e repudia a vida mais mundana, de busca dos desejos e prazeres da carne”. Para ele a pessoa deveria dominar todos os tipos de sabedoria e ser semelhante a Deus em virtude e sabedoria, tornando-se uma pessoa boa num processo que era obra de Deus, cujo mestre é Jesus, compartilhando a natureza divina através de sua entrega a Deus, repúdio a vida mais mundana e a busca de uma vida mais elevada da mente pelo estudo e contemplação.
03. Contrastando com a heresia de Práxeas, Tertuliano elaborou pormenores minuciosos da doutrina da Trindade, podendo ser considerado o pai das doutrinas ortodoxas da Trindade e pessoa de Jesus Cristo, pois algumas de suas terminologias prenunciam as fórmulas que seriam amplamente aceitas séculos mais tarde.
04. O legado deixado por Orígenes de Alexandria é considerado perturbador pelo seu controvertido sistema de pensamento (além de sua controvertida vida). Ele superou “Clemente na tentativa de construir uma síntese da filosofia grega e da sabedoria bíblica” em um sistema de pensamento cristão. Orígenes foi um dos grandes ícones na discussão sobre a trindade (muito depois da sua morte), sendo acusado de heresia, por exemplo, pela doutrina da preexistência da alma antes do corpo e a doutrina do apokatastasis. Enfim, acusado de “ser responsável e causador de muitos tipos de heresias posteriores”. No entanto, “grandes heróis da ortodoxia tinham sido profundamente influenciados” por ele (especialmente em relação ao tema da trindade), como por exemplo, Atanásio, os pais capadócios Basílio e os dois Gregórios (séc. IV).
05. A interpretação alegórica foi um meio que Orígenes encontrou para “aliviar a pressão insuportável imposta aos cristãos por céticos”. A interpretação alegórica de Orígenes é semelhante à adotada por Filo, identificando três níveis de significados: do corpo (uma referência literal que pode ser útil), da alma (como relevância moral, formado por princípios éticos e morais) e do espírito (o nível mais importante, místico e enigmático, se referindo quase sempre a Cristo e ao relacionamento do cristão com Deus).
06. A imutabilidade e a impassibilidade de Deus se tornaram os principais atributos cristãos no terceiro século devido à filosofia grega, que dizia que a “deidade é ontologicamente perfeita de tal modo que seria impossível para ela sofrer qualquer mudança”, e que mudar, implicaria sempre “numa alteração para o melhor ou para o pior e, em qualquer das hipóteses, Deus não seria Deus”.
07. O imperador Constantino convocou os bispos da igreja “para resolver o debate a respeito da pessoa de Cristo e da Trindade”, mas, mesmo “antes de ser oficialmente inaugurado, estava fadado a ser divisor”.
08.Os termos homoousios e homoiousios causaram muita polêmica, pois representava a diferença entre a “mesma substância” e “substância semelhante”, respectivamente, sendo que a última colocava em xeque a doutrina da trindade, o que era “aceitável para os semi-arianos e até mesmo para muitos trinitários”. Todavia, não para Atanásio, que resistiu à idéia com teimosia e até a condenou como heresia, equiparando os que a apoiavam ao anticristo. Para Atanásio, era uma questão fundamental, cujo próprio evangelho estava em risco, pois, para ele, a “própria salvação depende de o Filho de Deus ser o próprio Deus”, porque só “o verdadeiro Deus pode unir uma criatura a Deus”.
09. Os pais capadócios resolveram a controvérsia trinitariana no concílio de Constantinopla em 381. Neste concílio foi elaborada a doutrina formal da Trindade por Atanásio e seus amigos, tornando-se o dogma ortodoxo e universal, sendo que para os principais ramos do cristianismo (até hoje) passou a ser considerado como heresia e até apostasia negar a doutrina da Trindade. Este processo também se deu com o “consenso e o consentimento do fiel povo de Deus”, pois boa parte da teologia era fundada em sermões que levavam em conta a reação do povo e também pelos debates de teólogos treinados que realizavam conferências com a participação do povo, que era interessado.
10. As escolas de Antioquia e Alexandria divergiam sobre Cristo devido às suas hermenêuticas e soteriologias diferentes. O padrão alexandrino de interpretação era mais alegórico enquanto que o de Antioquia era mais literal. A soteriologia de ambos apegava-se ao conceito de “deificação no decurso da salvação e no seu alvo final”, mas a alexandrina era mais “metafísica e a soteriologia antioquena mais moral e ética.” Isso levou a divergências quanto à pessoa de Cristo: na escola alexandrina o conceito de “Palavra-Carne”, enquanto na de Antioquia a “Palavra-Homem”. “Palavra-Carne” significava que a natureza humana de Cristo era apenas um “veículo, pouco mais do que um invólucro”, não possuindo “seu núcleo de consciência e de vontade”. Já a definição de “Palavra-Homem”, para os de Antioquia, significava que a humanidade de Jesus Cristo “não era passiva, mas ativa, como uma pessoa integral e completa.”
11. Agostinho “encontrou-se numa encruzilhada importante da teologia e encaminhou todo o Ocidente para uma determinada direção”. Como último dos escritores da antiguidade e precursor da teologia medieval, nele convergiram as correntes da teologia da antiguidade e dele fluíram as correntes, “não somente do escolasticismo medieval, mas também da teologia protestante do século XVI.” Sua principal ênfase foi o monergismo, a “supremacia absoluta de Deus e conseqüente fragilidade e dependência absoluta da alma da graça de Deus.” Agostinho combateu o maniqueísmo, o cisma donatista e o pelagianismo, desenvolvendo idéias “distintas a respeito da depravação humana e da soberania de Deus”.
12. A heresia de Pelágio era decorrência de seu desejo de defender o livre-arbítrio, como um cristão essencialmente moralista que se interessava pela “promoção de atitudes e comportamento de alto valor moral nas igrejas”. Isso levou Pelágio a negar o pecado original sobre a culpa herdada (portanto as crianças não nasciam culpadas), chegando a negar a inevitabilidade do pecado, sendo tudo uma questão de livre-arbítrio. Sobre a graça afirmou que o homem precisa da ajuda de Deus, mas que essa ajuda é dada pela lei e a consciência, sendo elas suficientes. Ensinou também que o ser humano pode ficar sem pecar, se quiser.
13. Há várias versões de como a Igreja Ocidental tornou-se Católica Romana. Para os protestantes, isso se deu devido a alguns fatores: após a morte de Agostinho a Igreja Ocidental tomou alguns rumos num processo lento. A “ascensão do sistema penitencial, a autoridade dos grandes patriarcas cristãos do Império Romano, a perca do evangelho da graça gratuita unicamente pela fé e do sacerdócio universal de todos os crentes”, foram, os principais fatores da ascensão do Catolicismo Romano. Questões de ordem administrativa (superioridade dos bispos de Roma), foram contundentes na formação do Catolicismo Romano. Mais especificamente, o abismo entre o ocidente e o oriente foi alargado a partir do papado de Gregório.
14. Desde 1054, tanto a Igreja Ocidental quanto a Oriental se considerava a única verdadeira Grande Igreja, vendo o outro como grupo cismático que não é totalmente nem católico nem ortodoxo. Na verdade, desde a idade média, num processo lento, a igreja Ocidental já agia por conta própria como se a Oriental não existisse. Assim como no Ocidente, o Oriente também enfrentou problemas, tendo suas próprias controvérsias e seus pensadores que moldaram a tradição e as famílias das igrejas ortodoxas orientais. Orígenes foi uns dos principais pensadores do oriente à semelhança de Agostinho no ocidente. Mas o oriente também contou com pensadores tais como: João Crisóstomo, Máximo-O Confessor e João Damasceno. Entre as divergências, estavam a forma de governo, os estilos de culto, os conceitos do credo trinitariano e a grande controvérsia sobre a cláusula filioque (que foi incluída no Credo de Nicéia no Ocidente).
15. É uma tentativa de provar, sem ajuda das Escrituras, de forma lógica e irrefutável a existência de Deus. O argumento ontológico de Anselmo a favor da existência de Deus foi oferecido em duas versões em Monologium e Proslogium: a primeira, respectivamente, se baseava na necessidade da existência de Deus devido aos diferentes graus de bondade na criação (à forma platônica). E a segunda, que é seu argumento definitivo, conceituava Deus como “um ser tão grande que não se pode conceber algo maior”. Para Anselmo, “se alguém puder conceber um ser maior do que qualquer outro que possa ser concebido, então terá de admitir que esse ser realmente existe”, sendo, portanto, a lógica um “sinal de transcendência”, um vínculo entre os nossos pensamentos e os de Deus e negar a existência de Deus, para Anselmo, é irracional.
16. Anselmo e Abelardo convergem quanto ao método, representando o primeiro estágio da teologia escolástica da cristandade ocidental medieval. No entanto divergiam em suas abordagens: Anselmo era mais objetivo, enquanto a de Abelardo mais subjetivo. Um exemplo é a abordagem de Anselmo quanto à expiação como sendo uma “compensação” (pagamento da dívida-efeito legal), que, para Abelardo em sua abordagem mais subjetiva, destacava o efeito moral, em que a pessoa se arrepende e passa a viver em amor.
17. O método de Aquino está baseado no escolasticismo, mesmo não aceitando algumas postulações (de Aristóteles), ele não via conflito entre a revelação e a filosofia e não considerava a fé essencial ao conhecimento de Deus, procurando estabelecer um âmbito do conhecimento de Deus que não exigisse a fé cristã. Na verdade, ele considerava a própria lógica como um tipo de revelação e fazia uma distinção clara entre o plano “natural” e o “sobrenatural”.
18. Wycliffe desafiou o escolasticismo fazendo uso da lógica escolástica, mas dando pouco valor ao aristotelismo de Aquino e ao nominalismo de Occam. Ele foi realista em sua argumentação, criticando, por exemplo, a transubstanciação. Mas a sua maior contribuição (à reforma) foi o tratado De viritate Sacrae Scripturae (Da veracidade das Sagradas Escrituras) em 1378 em que defendia que as “Sagradas Escrituras são a suprema autoridade para todo o cristão e o padrão de fé e de toda a perfeição humana”.
19. Desidério Erasmo contribuiu para a teologia sendo um “teólogo transicional” (da era conhecida como Renascença), entre o escolasticismo medieval e ao que considerava ser o “evangelicalismo fanático dos reformadores”. Ele absorveu e desenvolveu o humanismo cristão que implicava na redescoberta de antigas fontes de filosofia, nas quais não via nenhuma incompatibilidade com o cristianismo. Seu sonho era reformar a igreja sem dividí-la, e seu maior legado (mais permanente e influente na Inglaterra) foi sua filosofia de Cristo e, inclusive, o sinergismo da salvação.
20. A teologia cristã na Europa do século XVI estava em apuros porque se tornou desinteressante para muitos. Erasmo conceituava teologia como uma especulação vã e teólogo como pensador alienado e fora da realidade. A teologia era equiparada, na verdade, com o escolasticismo medieval. O próprio Erasmo tentou enfrentar essa situação com sua filosofia de Cristo, procurando abordar de forma prática os ensinos de Jesus nas áreas de ética, moralidade, paz entre os povos, etc., mas sem grande sucesso. Para que houvesse uma nova guinada na teologia foi necessário o aparecimento do grande reformador Lutero que, “comparado ao calmo e paciente Erasmo, o reformador alemão parecia um elefante em uma loja de cristal.”
21. Lutero redescobriu o evangelho ao se rebelar contra o papa (e as indulgências) e redescobrir a autoridade da Bíblia e o evangelho da salvação pela graça mediante a fé somente. Ele também combateu muitas crenças populares e considerava a doutrina da justificação como fundamental, pelo qual “a igreja se firmará ou cairá e do qual dependem toda a doutrina”.
22. Mesmo alguns achando que se deve a Calvino a doutrina protestante, é difícil encontrar “qualquer idéia ou contribuição doutrinária que já não tivesse sido apresentada e desenvolvida por Lutero e Zuínglio”. Zuínglio cooperou para implementar reformas, e, a seu pedido, o concílio da cidade de Zurique aboliu as missas. Participou de debates públicos com seus oponentes católicos e engajou-se em guerras de panfletos contra católicos, anabatistas e luteranos. Também escreveu declarações doutrinárias que influenciaram muitos reformadores (como Calvino, por exemplo).
23. A posição de Zuínglio quanto aos sacramentos era de que não passavam de ordenanças (ele não gostava do termo sacramento) em que a pessoa demonstrava para a igreja a fé que possuía através dessa cerimônia. Para ele a graça salvífica não era recebida por meio do sacramento, mas pela fé e somente pelo Espírito Santo, e isso era apenas um simbolismo.
24. Diz-se que em Genebra Calvino reinou como um ditador, pois a governou como “pastor principal”. A prefeitura e os ilustres cidadãos da cidade temiam tanto o “servo de Genebra” que normalmente obedeciam as suas ordens. Calvino desejava que Genebra fosse uma cidade piedosa, uma república teocrática que seria o modelo na terra do Reino de Deus no céu. Ele conseguiu impor sua vontade sobre as questões principais da cidade ameaçando ir embora caso a prefeitura não o apoiasse.
25. Para Calvino, que baseava sua doutrina em Agostinho por considerá-la bíblica, nada acontece por acaso (negando a contingência, portanto), mas “Deus, pelo poder da providência, conduz todo evento para onde ele quer”. Segundo Calvino, tudo acontece por decreto divino, inclusive a queda de Adão, mas resulta em glória à Deus (com a salvação sendo puramente monergista). Para harmonizar alguns textos que afirmam a vontade de Deus em salvar a todos, ele desenvolveu a teoria das duas vontades de Deus: a secreta e a revelada.
26. O primeiro teólogo anabatista foi o pastor de Waldshut, Baltasar Hubmaier, cujo pensamento se diferenciava de Lutero e Calvino (sendo um duro crítico do constantinismo e do agostinianismo) principalmente em relação ao monergismo: para ele a eleição e a predestinação de Deus se baseava em sua presciência. Foi o primeiro a realizar batismos de (300) adultos por efusão, e também é destacado por outras questões doutrinárias tais como: a liberdade religiosa (contra coerção do pensamento e imposição de crenças pelos caçadores de heresias), separação entre igreja e Estado, livre arbítrio para crer (ou não), responsabilidade individual diante de Deus (a crença de que a vida cristã autêntica depende da escolha do indivíduo em resposta à graça de Deus). Hubmaier, mesmo não fundando nenhuma igreja específica, lançou a base teológica para os anabatistas e é considerado o primeiro sinergista evangélico.
27. A “teologia indireta” de Tomás Cranmer, procurando manter o equilíbrio entre a autoridade das Escrituras e o respeito pela tradição cristã primitiva, consistia em indiretamente defender os princípios da reforma protestante: “Ele deu à igreja uma Bíblia, a pregação bíblica, um catecismo, um livro de oração e uma confissão de fé”, sendo assim um dos principais responsáveis pela reforma na Inglaterra.
28. O concílio de Trento é considerado a “jóia católica” que procurou responder a muitas perguntas e questões doutrinárias, tornando-se um dos maiores concílios católicos. Os protestantes consideraram as decisões do concílio um ultraje ao evangelho, especialmente por contrariar os princípios da reforma protestante, e sua maior reação foi promulgação de várias confissões de fé (Artigos de Smalcad-Lutero, Fórmula de concórdia-por líderes luteranos, Confissão belga, Confissão de fé e Catecismo de Westminster-presbiterianos, etc).
29. Os puritanos e os calvinistas consideraram o arminianismo como sinônimo de pelagianismo, pois Armínio rejeitou a versão extrema do calvinismo (supralapsarianismo) e até mesmo qualquer eleição divina incondicional da pessoa ao céu ou inferno. Como para os calvinistas o monergismo era sinônimo de justificação pela graça mediante a fé, e sinergismo ao catolicismo romano, Armínio foi identificado como simpatizante secreto de Roma e adepto do pelagianismo ou semipelagianismo.
30. A crítica de Armínio à teologia reformada não foi aceita pelos calvinistas, pois o acusavam de negar os princípios protestantes. No entanto Armínio os acusava de colocar em pé de igualdade as confissões de fé, pois se negavam a reformá-las e não aceitava o monergismo de Agostinho, Zuínglio e Calvino, pois, segundo ele, o monergismo torna Deus autor do pecado e pecador (ou então o pecado não é pecado, pois tudo que Deus cria é bom) e hipócrita (pois exige que o pecador creia em Jesus, mas não O apresenta como Salvador).
31. Armínio não negou totalmente a predestinação, mas considerava que era, antes de tudo, a predestinação de Jesus e não dos indivíduos sem Ele. Para ele, a salvação era pela graça, mas esta podia ser resistida. Daí desenvolveu o conceito de graça preveniente. Ele reconhece a total incapacidade humana, que depende da graça que Deus “oferece e concede a todas as pessoas de alguma forma” para que “creiam e sejam salvos”. Se a pessoa “não resistir à graça preveniente e permitir que ela opere em sua vida pela fé, ela se tornará justificadora”. Ele toma o cuidado de atribuir toda a obra meritória a Deus, mesmo o homem tendo livre-arbítrio para atender a esta graça (sinergismo).
32. A grande contribuição do pietista Philipp Jakob Spenner, além da criação dos “conventículos de Frankfurt” (encontros em grupos pequenos para oração e debates bíblicos), foi o chamado “cristianismo do coração”: uma ênfase dada à experiência de uma “vida interior mais profunda de devoção a Cristo e o crescimento da santidade pessoal”. Também elaborou um programa para “corrigir as condições da igreja”, no qual revela o propósito principal do pietismo: a doutrina do “homem interior” ou do “novo homem”.
33. Jonathan Edwards foi chamado de príncipe dos puritanos, pois “indubitavelmente [é] o maior teólogo do puritanismo norte-americano e o pensador filosófico de maior acuidade no cenário norte-americano até os tempos de Charles Peirce”. Escreveu mais de seiscentos sermões, participou ativamente de muitas controvérsias e escreveu sobre vários assuntos (como filosofia, ética e ciência). Participou também do Grande Despertamento (1740) e ajudou a fundar a ciência da psicologia da religião. Era um calvinista pietista que combateu o arminianismo e o racionalismo na teologia, sendo celebrado como um herói que conseguiu difundir a “cosmovisão cristã no Novo Mundo e o modelo de integração da fé cristã profunda com a vida intelectual rigorosa e disciplinada”.
34. O deísmo foi uma influência do iluminismo que elevava a razão humana e a religião acima da fé e da revelação especial, pois nada deveria ser aceito como verdadeiro “por um ser inteligente, tal como o homem, a não ser quando é fundamentado na natureza das coisas e está em harmonia com a sã razão”. O deísmo se esforçou para demonstrar que o cristianismo “é a expressão mais sublime e melhor da religião da razão, puramente natural”. Surgido em razão da desilusão com as lutas sectárias, o deísmo era divergente quanto a outros movimentos cristãos, basicamente, em relação à sua fonte de autoridade religiosa (para eles a razão).
35. O grande postulado de John Locke é The reasonableness of christianity (A racionalidade do cristianismo) no qual tentou “justificar as crenças básicas do cristianismo no tribunal da razão” e que a “essência da revelação divina e a fé cristã que nela se baseia é plenamente consistente com a razão”. Para alguns ele tornou inevitável o surgimento do deísmo, porque tornou a razão “o critério final para julgar a própria revelação”.
36. Friedrich Schleiermacher, o pai da teologia liberal moderna, foi o primeiro teólogo protestante a “apelar para mudanças revolucionárias na ortodoxia protestante para ir ao encontro do Zeitgeist da modernidade e entrar em harmonia com ele”. Na verdade sua intenção era, como o título de clássica apologética sugere, Da religião: discursos em resposta aos críticos cultos, introduzir o cristianismo às pessoas cultas. Em A fé cristã, ele procurou atualizar a teologia levando em conta o avanço no pensamento moderno, evitando o conflito com eles (uma atualização da ortodoxia protestante, mesmo a maioria dos teólogos protestantes ortodoxos a rejeitando).
37. O movimento fundamentalista cristão foi uma reação, inspirada pelos grandes reavivamentos do evangelista Dwight Lyman Moody, à teologia liberal. Uma das principais defesas dos fundamentalistas era a inspiração verbal sobrenatural da Bíblia e sua inerrância. Os conservadores antiliberais formularam listas de doutrinas que consideravam ameaçadas pela teologia liberal, inclusive doutrinas antes não consideradas tão “fundamentais” passou a fazer parte destas listas, emergindo daí uma tendência à divisão sectária e a aplicação de testes “para averiguar se os cristãos permaneciam seguros e imaculados quanto à doutrina”.
38. Søren Kierkegaard, o precursor da neo-ortodoxia, desenvolveu uma cosmovisão existencialista. Ele se opôs à crença comum na “continuidade perfeita entre o divino e o humano”(crença baseada na filosofia da religião de Hegel, influenciada pelo racionalismo, iluminismo e pelo romantismo). Em sua obra Ataque contra a cristandade, argumentou que uma sociedade em que todos são cristãos, o cristianismo já não existe (para ele o cristianismo verdadeiro é um grande risco assumido por alguns “cavaleiros da fé” e nunca será respeitado pela elite cultural). Para ele conhecer a Deus implicaria em risco, um “salto de fé”, e que não poderia ser reduzido a um “silogismo ou sistema de idéias racionalmente aceito”, a verdade é “subjetividade” (a verdade é a “incerteza objetiva mantida firmemente no processo de apropriação da interioridade mais apaixonada”; por exemplo, a encarnação é um tipo de paradoxo em que a “verdade é subjetividade” e que precisa ser aceito). Ele prenunciou a neo-ortodoxia com sua filosofia antifilosófica, cuja única filosofia que podia se alia aos teólogos neo-ortodoxos era a sua filosofia existencialista. Mesmo os neo-ortodoxos (como Barth) não o seguindo cegamente, Kierkegaard restringiu a razão a apenas um instrumento da teologia e elevou a “fé” a uma posição suprema.
39. Karl Barth, o fundador da neo-ortodoxia, desenvolveu vários conceitos que transcendeu aos (conceitos) liberais e fundamentalistas, tais como sobre a revelação divina, o Deus que ama com liberdade e sobre a salvação como o “Sim!” gracioso aos que estão em Jesus Cristo.
a) Para ele, a Bíblia não é a Palavra de Deus no mesmo sentido que Jesus Cristo, pois Ele é a Palavra de Deus. A Bíblia se torna a Palavra de Deus à medida que Deus fala através dela. Mesmo discordando dos fundamentalistas quanto à revelação de forma proposicional e quanto a inerrância das Escrituras, ele concordava com o princípio sola Scriptura, como sendo a Bíblia a única fonte de conhecimento à respeito de Jesus Cristo. Para Barth a revelação principal de Deus é Jesus Cristo, a secundária a Bíblia e a terciária a proclamação feita pela igreja.
b) Deus, para Barth, deve ser descrito pelas categorias do amor e liberdade, revelado na pessoa de Jesus Cristo. Tentando manter o equilíbrio entre a transcendência e a imanência de Deus, ele rompe com o conceito clássico das categorias gregas estáticas da existência, conceituando Deus como o “ser em ação”. No entanto, Deus não se torna prisioneiro do Seu relacionamento com a humanidade, pois decidiu livremente, em toda a eternidade, realizar-se nesse relacionamento em Jesus Cristo, sendo que esse amor é eterno, mas não necessário.
c) Barth chamava sua doutrina da salvação de “supralapsarismo purificado”. O não de Deus, segundo ele, não era para a humanidade , “nem para parte dela, mas somente para si mesmo em Jesus Cristo”. A dupla predestinação se refere não à humanidade, mas à Jesus como “homem eleito e rejeitado”. Sua doutrina, para alguns, sugere a apokatastasis (reconciliação final) e quando interrogado a este respeito afirmou que “não ensina e nem deixa de ensinar”.
40. Os teólogos neo-ortodoxos são cristocêntricos, defendendo a origem sobrenatural de Jesus Cristo e a salvação humana. Também tem em comum o apego à Bíblia como fonte e norma para a teologia cristã. Mesmo a considerando humana, falível e culturalmente condicionada, a Bíblia é para eles o meio que Deus usa para se revelar, e que se torna Palavra de Deus quando Ele a usa para trazer as pessoas ao Seu encontro.
41. A “Teologia Evangélica” pode ser entendida como o “compromisso com a cosmovisão cristã básica, inclusive a crença na transcendência e na atividade sobrenatural de Deus, na Bíblia como divinamente inspirada e infalível em questões de fé e de prática, em Jesus Cristo como Salvador crucificado e ressuscitado e o Senhor do mundo, na conversão como única iniciação autêntica para a salvação e no evangelismo como a transmissão do evangelho a todas as pessoas”. Ela também consiste em rejeição ao fundamentalismo e à teologia liberal de diversas formas.
42. O Concílio Vaticano I foi considerado quase “reacionário por rejeitar as propostas inovadoras dos modernistas e reforçar o controle da tradição sobre a erudição bíblica e teológica”. Uma das principais decisões do concílio foi a afirmação da supremacia das Escrituras (não nos moldes protestantes, pois não restringiu a doutrina das “duas fontes de autoridade”), que assumiu um “novo papel e valor como fonte e padrão definitivos da verdade”. A missa passou a ser celebrada no idioma do povo, e este a ter maior participação nas atividades diárias da igreja. Também foi abolida a lista de livros proibidos e os estudiosos católicos passaram a ter mais liberdade para publicarem obras exploratórias sem a censura prévia da hierarquia católica.
43. Alfred North Whitehead criou o sistema metafísico mais impressionante do século XX ao “conceber a própria realidade como uma rede de momentos inter-relacionados de energia chamados ‘acontecimentos reais’.” Para ele a realidade é uma série de acontecimentos interligados a outros acontecimentos formando uma rede de entidades que vivenciam. O “tornar-se” é mais importante que “ser”, o que é chamada de teologia do processo.
44. As “teologias da libertação” são respostas a circunstâncias sociais específicas (não é universalmente aplicável, pois necessita de contextualização) que visam combater algum tipo de “pecado social”, como o racismo, a desigualdade sexual (entre homem e mulher) e até mesmo a pobreza. É desenvolvida uma reflexão concreta sobre a “atividade libertadora” da Palavra de Deus em defesa dos grupos oprimidos. Deus, nesta teologia, está sempre em defesa dos oprimidos e a igreja deve se envolver nesta “luta”.
45. Os principais postulados da teologia da esperança de Jürgen Moltmann colocam o Reino de Deus no centro. Para ele, o Reino não é uma sociedade humana, mas só Deus poderá irrompê-lo numa era de paz e justiça, pois Deus é o “poder futuro” que irrompe na história. A igreja deve, segundo ele, resgatar a idéia da majestade de Deus, sendo que a “história chegará ao término em Deus e a ressurreição de Jesus Cristo é a garantia disso”. A ressurreição de Cristo é a antecipação concreta do Reino de Deus, onde suas promessas de novo céu e nova terra serão cumpridas. Deus decide permitir que o mundo o afete, sem perder a majestade sobre Ele, pois o criou e lhe deu liberdade, portanto precisa operar nele sem dominá-lo. O mundo ainda não é o Reino de Deus porque Ele ainda “não existe” (para nós), mas, no fim, virá ao “mundo e anulará todo o pecado e mal e aqui habitará”.
46. Na minha opinião os três principais momentos da história do pensamento cristão são: Os pais apostólicos (século II), Tomás de Aquino (século XIII) e a reforma protestante (século XVI). Eu assim os considero por que:
1º. Os pais apostólicos (século II) foram de suma importância num momento crucial do cristianismo em que a fé sofria ataques de críticos e sectários que provocavam enorme confusão. Especialmente por defenderem a encarnação de Deus em Jesus Cristo (contra o gnosticismo), por combaterem Celso e Montano, os Pais Apostólicos não podem ser ignorados na história do pensamento cristão. Alguns podem acusá-los de exagerar em padronizarem a crença, a vida e o culto cristão, mas a outra opção era “a confusão e o caos dentro de uma religião folclórica sem qualquer estrutura definitiva”.
2º. Tomás de Aquino (século XIII) sem dúvida foi um dos maiores pensadores cristãos de todos os tempos. Até hoje para os católicos ele continua sendo o padrão, a norma, mesmo no século XXI. Como teólogo escolástico ele sintetizou a verdade cristã e essa
“grande síntese teológico-filosófica que tentou construir, como uma enorme catedral medieval de idéias, tinha no centro do altar do corpo mutilado de Cristo e a graça da redenção que nele se encontra. É um desafio chegar ao altar, passando pelos arcobotantes e vestíbulos primorosos da teologia natural, e muitos jamais conseguem chegar até lá. Mas, para os que perseveram, não há dúvida de que Aquino – e talvez todos os escolásticos – se importava muito com os mistérios da salvação e, pensando neles, ensinou e escreveu”.

Aquino dominou por séculos (depois de sua morte) o pensamento cristão com seu sistema teológico e filosófico básicos, até a chegada de um movimento de proporções incríveis: a reforma protestante.
3º. A reforma protestante (século XVI) tem a sua relevância no pensamento cristão por firmar os seus três princípios básicos: as Escrituras como autoridade máxima em questão religiosa, a salvação pela graça por meio da fé e o sacerdócio universal de todos os crentes. Além desses alicerces revolucionários manifestados na reforma protestante, podemos afirmar que em decorrência da mesma, criou-se condições para a elaboração das demais teologias que a sucederam (no meio protestante), pois os católicos estacionaram por um longo período. A reforma foi o estupim para o processo de continuidade e desenvolvimento do pensamento teológico cristão.

Postagens mais visitadas deste blog

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM ENGENHARIA CIVIL

Com a finalidade de descrever as principais atividades realizadas durante o Estágio Obrigatório Curricular Supervisionado em Engenharia Civil, apresenta-se este relatório final em consonância com o Artigo 7º das Diretrizes Curriculares dos cursos de engenharia (Resolução CNE/CES Nº 11/2002) onde estabelece que a “formação do engenheiro incluirá, como etapa integrante da graduação, estágios curriculares obrigatórios sob supervisão direta da instituição de ensino”. Objetivando aplicar os conceitos teóricos aprendidos em sala de aula em um contexto prático, complementar e contribuir com a formação profissional frente aos desafios da sociedade, e desenvolver a capacidade de integrar de forma harmônica conhecimentos, habilidades e atitudes, o Estágio Obrigatório Curricular Supervisionado foi desenvolvido na empresa Construtora e Serviços Rezende no período de 11 de setembro a 18 de outubro de 2019, sob a Supervisão de Campo realizada pelo Engenheiro Civil Bruno Rodrigues Lima (RNP 15

RESENHA DO FILME: ADORÁVEL PROFESSOR

Baseado em fatos reais, o filme “Adorável Professor” retrata a atuação do professor de música Holland, desde a década de 60 até sua aposentadoria nos anos 80. Como última opção de trabalho (por necessidade) inicia seu trabalho no Colégio John F. Kennedy.

ESTÁGIO SUPERVISIONADO II: OBSERVAÇÃO E DOCÊNCIA NAS SÉRIES INICIAIS

Este é um relatório das atividades desenvolvidas durante o Estágio Supervisionado II do curso de Licenciatura em Pedagogia – IFPA. O estágio foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Maria Ignês Souza. (...) No contexto da nova abordagem pedagógica, procurou-se preparar aulas diferenciadas que despertassem a curiosidade e atenção dos alunos; a cada dia, percebia-se o interesse cada vez maior e a interação com os assuntos abordados. As atividades dadas em sala de aula, as dinâmicas e exercícios foram realizadas com êxito por parte dos discentes.