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RESENHA: TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO DE LEONHARD GOPPELT

Este livro é a tradução portuguesa em dois volumes do original alemão Theologie des Neuen Testaments, tradução direta do manuscrito. Para uma boa compreensão de sua argumentação é de suma importância a leitura de sua Introdução à Problemática, na qual GOPPELT expõe seus pressupostos e seu princípio de interpretação.

resenha











teologia do novo testamento

de
Leonhard Goppelt








Elderson Luciano Mezzomo
Rurópolis, 2003


Resenha

Teologia do Novo Testamento. De Leonhard Goppelt. Tradução de Martin Dreher. São Leopoldo: Editora Sinodal; Petrópolis: Editora Vozes Ltda, 1976, Volumes I e II.

Este livro é a tradução portuguesa em dois volumes do original alemão Theologie Des Neuen Testaments, tradução direta do manuscrito. Para uma boa compreensão de sua argumentação é de suma importância a leitura de sua Introdução à Problemática, na qual Goppelt expõe seus pressupostos e seu princípio de interpretação.
A sua Introdução à Problemática é indispensável por dar uma visão geral da história da teologia e argumentar a sua adoção da escola chamada histórico-salvífica. O princípio hermenêutico empregado por Goppelt, segundo ele mesmo é levar o princípio da pesquisa histórica da Escritura – que é a crítica, analogia e correlação – a um diálogo crítico com a autocompreênnsão no NT, que quer testemunhar um evento de cumprimento, relacionado com o AT, evento este que está orientado em Cristo como seu fundamento e seu centro (p. 41).
É importante destacar que Goppelt se propõe a entrar num diálogo com várias escolas, indo além das barreiras das opiniões de Escolas e da discussão diária (p. 41). Com maestria ele consegue argumentar com as demais escolas, especialmente com a de Bultmann (Existencialista-citada várias vezes), e reconstruir historicamente o pano de fundo, partindo, então, para as conclusões e implicações teológicas. É o que fica evidente, por exemplo, sobre a atividade de Jesus e seu significado teológico.
Sua abordagem é mais temática do que histórica, pois não é necessário que se inicie a leitura da “Teologia do Novo Testamento” na primeira página (p. 16). Isso é percebível em todo o seu trabalho, apesar de freqüentemente remeter a outros capítulos [Há somente uma explicação, como se evidenciará (§ 12, II e III) (p. 139), etc.].
Mesmo não propondo uma continuidade entre capítulos, ele consegue tornar a leitura agradável, dando uma certa estrutura e continuidade na obra ao abordar assuntos cronologicamente, passando por João Batista, o ministério terreno de Jesus, sua interpretação pela igreja primitiva e por Paulo, etc. Ele consegue correlacionar os temas e permanecer dentro de sua metodologia histórico-salvífica.
Sobre a forma editorial, alguns erros ortográficos são verificados: abrigado em vez de obrigado (p. 31), reincarnação em vez de reencarnação (p. 68), Tora em vez de Torá (p. 68), parusia em vez de parousia (p. 93, 94), mostrando a necessidade evidente de revisão da obra.
Faz-se necessário a leitura desta obra? Sem dúvida Goppelt alcança níveis inegáveis na contribuição à discussão teológica, bem como a sua abordagem perspicaz deve ser considerada por qualquer estudante sério do Novo Testamento. O seu diálogo com as escolas teológicas torna o trabalho muito contributivo para a discussão teológica, a fundamentação da fé cristã e a sistemática teológica.

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