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RESENHA: OS MISERÁVEIS

Traduzido e adaptado por Walcyr Carrasco, e com belas ilustrações de Marcos Guilherme, o clássico “Os Miseráveis” de Victor Hugo conta a história de Jean Valjean ambientado na França do século 18 após a revolução (1789).

 

Resenha analítico-descritiva


(in) HUGO, Victor. Os Miseráveis. Tradução e adaptação: Walcyr Carrasco. Ilustrações: Marcos Guilherme. 1a. Edição. São Paulo: FTD, 2001. 128 páginas.

Elderson Luciano Mezzomo[1]

Traduzido e adaptado por Walcyr Carrasco, e com belas ilustrações de Marcos Guilherme, o clássico “Os Miseráveis” de Victor Hugo conta a história de Jean Valjean ambientado na França do século 18 após a revolução (1789).
Jean Valjean vivia para a família, trabalhando muito e vivendo em situação miserável. Por roubar um pão e por inúmeras tentativas de fuga, ficou preso por 19 anos. Ao sair da prisão se depara com a bondade e o perdão do bispo de Digne que o influencia, e por conseqüência, as pessoas que conviverão com ele.
O bispo acolhe-o em sua casa e perdoa-o quando rouba a prataria, dando-lhe a chance de mudar de vida. Tornou-se um grande industrial, empregava muitas pessoas e zelava pelos valores morais, além de praticar a beneficência constantemente. Por pressão social tornou-se prefeito de Montreuil-sur-mer, porém, implacavelmente é perseguido (pelo fato de ser ex-prisioneiro) por Javert, detetive obcecado pela lei. Resgata Cosette (filha de Fantine, mãe solteira e funcionária de sua fábrica) que vivia sob os cuidados (e maus tratos) da família Thénardier, passando ambos a viverem em Paris discretamente. Cosette casa-se com Marius, que aos poucos a afasta de Jean Valjean ao descobrir seu passado “criminoso”. A reconciliação se deu após Marius saber que Jean salvou sua vida e a do próprio detetive Javert, e ainda se impressiona com a generosidade de Jean em pedir-lhe perdão no instante final de sua vida.
O autor transporta o leitor de maneira tão profunda que á quase impossível não sentir as emoções de cada personagem. Com o pano de fundo da revolução francesa que proclamava (mas não praticava) “liberdade, igualdade e fraternidade”, fica evidente a miséria dos personagens: miséria material (falta de pão, sustento) e principalmente a miséria moral (falta de perdão, aceitação e honestidade). Contrapondo essa situação há a grande generosidade do bispo caridoso, o amor sacrificial de Fantine pela filha e o altruísmo heróico de Jean Valjean em favor do próximo, inclusive de seus inimigos. Com esse romance, Victor Hugo revela a hipocrisia, a injustiça social e o abuso de mulheres e crianças no século 18, que persistem em acompanhar a humanidade nos dias atuais.


[1] Acadêmico do 1o. semestre do curso de Administração com ênfase em Agronegócios da FASIPE – Faculdade de Sinop. Disciplina: Metodologia do Pesquisa Científica. Professora: Nilde Rodrigues da S. Ribas.

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