O coordenador pedagógico é fundamental no processo de mudança na educação escolar, mas, para tanto, é necessário que este esteja comprometido. Atualmente muitos tem-se perdido em meio às tarefas (por vezes fora do âmbito pedagógico), num descompasso entre a atividade do coordenador e professor, e até mesmo, pela indefinição (ou vários conceitos que chegam a ser contrapostos) do próprio papel de coordenador.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
PARÁ
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
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COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
EM AMBIENTES ESCOLARES
PROFESSORA: TELMA MARIA MAGRO
ELDERSON LUCIANO
MEZZOMO
Novo Progresso - PA
Fevereiro de 2011
COORDENADOR PEDAGÓGICO COMPROMETIDO COM UM PROCESSO DE MUDANÇA DA
ESCOLA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS.
O coordenador
pedagógico é fundamental no processo de mudança na educação escolar, mas, para
tanto, é necessário que este esteja comprometido. Atualmente muitos tem-se
perdido em meio às tarefas (por vezes fora do âmbito pedagógico), num
descompasso entre a atividade do coordenador e professor, e até mesmo, pela
indefinição (ou vários conceitos que chegam a ser contrapostos) do próprio
papel de coordenador. Acima de tudo, é mister que partam de dois fundamentos
básicos para que haja, de fato, a formação do homem transformador, crítico e
reflexivo (ator principal de uma sociedade mais justa e democrática): o
coordenador como um dos agentes de transformação da escola e a importância de
seu comprometimento.
A partir do momento em
que o coordenador assume sua verdadeira importância como um dos agentes
transformadores da escola, depara-se com vários desafios. Dentre eles se
destacam: a definição de seu próprio papel, o descompasso entre coordenação e
professores, formação continuada e realização de um trabalho coletivo. A
definição e explicitação de seu papel de cooperador, mediador e incentivador de
novas práticas pedagógicas é relevante para evitar-se cair nos dois erros mais
comuns: o papel do coordenador acomodado e desesperançoso (relativo ao que
gostaria de fazer e o que realmente executa) e o papel autoritário (daquele que
precisa manter a distinção hierárquica e mostrar ao professor como se deve
ensinar). Em consequência à definição do papel do coordenador, pode-se abordar
descompasso entre este e o professor, visando colocar-se à disposição do corpo
docente para uma reflexão contínua da práxis hodierna e sua melhoria. Outro
grande desafio de todo o corpo pedagógico é aceitar a formação continuada como
natural à prática pedagógica, ou seja, tanto o coordenador como o professor
deve permitir-se errar, perceber a distância entre o que se pensa e o que se
faz, e, principalmente, aceitar a mudança como algo constante, necessário ao
crescimento e melhoria, e tudo isso com a participação coletiva.
A reflexão sobre o
papel do coordenador pedagógico está em curso, passando por uma reavaliação dos
cursos de formação até à rotina da própria escola. Portanto, a perspectiva para
o futuro, é que de fato esta reflexão seja permanente, contribuindo para a
diminuição do descompasso entre coordenador e professor (sincronia), o
desencadeamento de mudanças promovidas pelas atitudes/ações do coordenador,
parceria e conexão com a organização e gestão escolar, bem como a participação
do próprio aluno neste processo.