Um texto deve manifestar as qualidades de coerência e coesão, que devem estar inter-relacionadas no processo de produção e compreensão do texto.
CONCEITOS DE COERÊNCIA E COESÃO
Novo Progresso - PA
Setembro de 2010
ELDERSON LUCIANO
MEZZOMO
CONCEITOS DE COERÊNCIA E COESÃO
Trabalho acadêmico apresentado à disciplina Leitura e
Produção de Textos, do Curso de Licenciatura em Pedagogia da IFPA. Professora: Gledis
Fabiana Pinheiro.
CONCEITOS DE COERÊNCIA E COESÃO
Um texto deve
manifestar as qualidades de coerência e coesão, que devem estar
inter-relacionadas no processo de produção e compreensão do texto.
CONCEITO DE COERÊNCIA
Coerência quer
dizer a ligação ou nexo entre as partes. As partes de um texto revelam
coerência se, relacionadas, não apresentam contradições. Se as divisões não
concorrem para o estabelecimento do todo, faltará consistência ao texto. Por
isso, a necessidade de ordem e inter-relação. Por ordem entende-se a
necessidade de narrar fatos sequencialmente, de tal modo que o desenvolvimento
de uma parte depende do desenvolvimento anterior de outra.
O ajuntamento
de partes desconexas prejudica a legibilidade de um texto. O leitor sente-se
perdido no emaranhado de pormenores, sem saber o que o autor deseja alcançar.
Daí a necessidade de domínio de conjunções e de todos os conectivos que servem
para a transição de ideias. Veja-se que coerência e coesão andam próximas uma
da outra. Mas é desejável que a transição, na maioria das vezes, se faça com
ideias e não com conjunções. Além disso, concorrem para a coerência do texto a
utilização sóbria de sinais de pontuação e a interligação das ideias de maneira
clara e lógica. A ordem e a transição constituem, pois, os principais fatores
de coerência.
CONCEITO DE COESÃO
A coesão,
segundo Michaelis, “é a força que une entre si as moléculas das substâncias;
harmonia, concordância”.
Para uma
organização coesiva de um texto requer-se:
1. Manutenção da referência tematizada (a
referência é designada em todo texto por repetição de expressões, palavras de
sentido equivalente, pronomes).
2. Apresentação de uma informação nova (que é
garantida por atribuições e comentários feitos à referência).
3. Não-oposição
frontal entre ideias (imbrincamento utilizado entre as frases). Os imbrincamentos
sintáticos (articuladores de coesão ou operadores argumentativos) são
coordenativos (aditivos, adversativos, alternativos, conclusivos, explicativos)
e subordinativos (causais, comparativos, concessivos, condicionais,
conformativos, consecutivos, finais, temporais).
Dito de outra forma, um texto não
é um amontoado de palavras, mas uma rede de palavras que se encadeiam
semanticamente e contribuem para transmitir uma idéia. Esse encadeamento é
proporcionado pela coesão, ou seja, uma forma de recuperar informações já
apresentadas para que o texto possa progredir.
O
encadeamento das ideias dá-se por:
1. Referência: é constituída por pronomes,
advérbios, artigos definidos.
2. Elipse: mecanismo que tem como objetivo
evitar a repetição de palavras quando desnecessária.
3. Escolha lexical: substituição de palavras por
outras de sentido equivalente.
4. Substituição: em geral constituída pelo verbo
fazer.
A coesão, no entanto, apenas
contribui para estabelecer a coerência; ela não garante sua obtenção. Trata-se
de uma contribuição parcial, pois os elementos lingüísticos de coesão e conexão
ajudam a estabelecer a coerência, mas não são nem suficientes, nem necessários
para que a coerência seja estabelecida, sendo preciso contar com os
conhecimentos exteriores do texto.
De modo genérico, pode-se dizer
que as palavras que permitem coesão entre idéias são expressões de transição.
Permitem a transição natural o uso de repetições, as partículas corretivas, a
digressão, a apóstrofe, a antítese, a gradação, a interrogação, a exclamação.
BIBLIOGRAFIA
MEDEIROS, João Bosco. Português
Instrumental. 4ª. Ed.São Paulo: Atlas, 2004.
PIMENTEL, Ernani. Compreensão e
interpretação de textos São Paulo: Gold Editora, 2008. Coleção concursos
públicos, vol. 9
Dicionário Michaelis. (software
do CD UOL).